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Portugal vai discutir, entre sexta-feira e domingo, no piso rápido do Clube de Ténis Triglav, em Kranj, na Eslovénia, a primeira ronda do Grupo I da Zona Europa/ África da Taça Davis com a Eslovénia.
Nuno Marques, o novo “capitão” da seleção portuguesa de ténis, reuniu em Kranj, na Eslovénia, um elenco para todos os gostos, em que número um e líder coabitam com a mesma normalidade que um “estrangeiro” e um estreante.
Na estreia como selecionador, Nuno Marques escolheu João Sousa, Rui Machado, Gastão Elias e Frederico Silva para disputar a primeira ronda do Grupo I da Zona Europa/ África da Taça Davis com a Eslovénia.
Comece-se pelo esclarecimento obrigatório: número um de Portugal e líder do grupo de quatro “mosqueteiros”, que se reuniu em Kranj, não é, de todo, a mesma coisa.
O primeiro é João Sousa, número 51 do ranking mundial, primeiro tenista português de sempre a vencer um torneio ATP (foi em 2013, em Kuala Lumpur), homem que dispensa apresentação pela sua recente projeção no desporto nacional.
Com as vitórias e o estatuto de melhor classificado de sempre na hierarquia ATP vieram a maturidade. O vimaranense cresceu, sabe melhor o que quer e está na Taça Davis com o afinco que lhe é característico e com a responsabilidade de liderar a equipa e, como tal, de conquistar os dois pontos de singulares.
Sousa é o indiscutível número um, mas não é o primeiro nestas andanças da maior competição de ténis por seleções, cabendo esse lugar ao “veterano” Rui Machado.
Não há ninguém em atividade que tenha tantas presenças na Taça Davis como o algarvio e isso nota-se no à vontade com que enfrenta mais uma eliminatória.
Experiente, é óbvio ponto de referência para os companheiros e “joker” discreto, a utilizar em momentos de maior aperto, como aconteceu quando teve de conquistar o ponto decisivo de Portugal frente à Moldávia, no “Play-off” de apuramento para o Grupo I.
Também habituado às chamadas para representar o seu país está Gastão Elias, que trocou a Lourinhã pelo Brasil para ser acompanhado de perto pelo treinador, o brasileiro Jaime Oncins.
O extrovertido 174.º tenista mundial sente-se à vontade no piso rápido, facto que pode ser um ponto a favor das cores nacionais na eliminatória com a Eslovénia.
A completar a lista de escolhidos do estreante Nuno Marques está o também novato Frederico Silva que, aos 18 anos, já carrega o peso de ter vencido dois Grand Slam em pares na categoria de júnior.
A estreia na Davis valeu ao jovem de 18 anos um penteado original – a tradição manda que se praxe quem chega de novo, o que valeu a “Fred” uns “headphones” permanentes no lugar do cabelo -, mas dificilmente valerá a experiência de jogar um primeiro encontro oficial na Taça Davis.
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