Os melhores tenistas do mundo vão competir em mais uma edição das ATP Finals, que pelo terceiro ano consecutivo decorrerão em Turim, Itália, entre 12 e 19 de novembro, com Novak Djokovic a tentar chegar ao recorde de sete títulos no prestigiado torneio que marca o final da temporada do principal circuito mundial do ténis masculino.
Djoko conta até à data no seu palmarés com seis títulos das ATP Finals, tantos como Roger Federer, e caso triunfe em Turim será o primeiro a conquistar a competição pela sétima vez, marcando ainda mais 'pontos' na corrida ao 'título honorífico' de GOAT.
Poucos terão a coragem de não apontar o sérvio como favorito a fazer a festa em Turim. É que Djokovic conquistou recentemente, ao vencer o Masters 1000 de Paris, o seu 97.º título da carreira. E se juntarmos os torneios conquistados por todos os outros sete tenistas que estarão em prova, o total é de apenas 91.
Porém, pode haver um grande obstáculo na corrida de Djokovic a mais um título e mais um recorde: o jovem prodígio Carlos Alcaraz, atual n.º2 do ranking ATP, logo atrás do sérvio. Muitos esperam ver na final mais um 'duelo de gerações' entre o sérvio e o espanhol, mas será que alguém se conseguirá intrometer nessa luta?
No evento estarão, como é hábito, os oito melhores tenistas da temporada, divididos em dois grupos de quatro, com os dois primeiros de cada grupo a seguirem, depois, para as meias-finais. Daniil Medvedev, Jannik Sinner, Andrey Rublev, Stefanos Tsitsipas, Alexander Zverev e Holger Rune serão os outros tenistas em cena no court coberto de piso rápido da arena 'Pala Alpitour'.
Curiosamente, todos eles sabem o que é ganhar pelo menos um torneio Masters 1000. Trata-se de algo inédito: nunca antes todos os oito tenistas presentes numa edição das ATP Finals tinham logrado tal feito. Será um prenúncio de equilíbrio? No mínimo, é um aliciante para os amantes do ténis arriscarem apostas no ténis.
Ao lado de Djokovic, no Grupo Verde, estarão Tsitsipas, Sinner e Rune. O 'Djoker' tem clara vantagem no confronto directo contra o primeiro (11 vitórias e apenas 2 derrotas, a última das quais em 2019), nunca perdeu contra o segundo (3 vitórias, 0 derrotas), mas contra Holger Runne soma 2 vitórias e 2 derrotas em quatro duelos (1 vitória e 1 derrota em 2023). Poderemos ter aqui uma surpresa?
Se só uma grande surpresa tirará Djoko de um dos dois primeiros lugares, no que toca ao outro apurado as dúvidas serão muitas. Pelo menos olhando para o 'head to head' entre os restantes tenistas. Por exemplo, Tsitsipas tem vantagem no confronto direto com Sinner (5 vitórias, 2 derrotas, apesar de ter perdido o único duelo de 2023), mas saiu derrotado dos dois duelos que travou até à data com Rune (ambos em 2022).
E Rune tem também vantagem (2 vitórias, 0 derrotas) no histórico com Sinner. Será, então, o dinamarquês, atual n.º 10 do ranking ATP, a seguir em frente?
Já no Grupo Vermelho, Alcaraz irá medir forças com Medvedev, Rublev e Zverev. Carlito - que neste ano conquistou seis torneios, entre eles Wimbledon - vai assim reencontrar o seu carrasco do último Grand Slam da temporada, o US Open, onde foi derrotado nas meias-finais por Medvedev, n.º3 do ranking. O histórico de duelos entre ambos mostra duas vitórias para cada lado.
O espanhol tem também um empate em duelos com Zverev (3 vitórias para cada lado), embora tenha vencido os dois disputados entre ambos em 2023. Curiosamente, esta vai ser a primeira vez que vai defrontar Rublev.
Nos duelos entre os restantes tenistas deste Grupo Vermelho, Rublev tem desvantagem quer contra Zverev (3 vitórias, 5 derrotas), quer contra Medvedev (2 vitórias, 6 derrotas). Entre Medvedev e Zverev o registo é de 10 vitórias para o russo e 7 para o alemão (3-1 em 2023).
Em Turim estará também em jogo a liderança do ranking mundial em 2023. Mas muito dificilmente esta fugirá a Djokovic, mesmo que não seja ele a conquistar as ATP Finals. É que o sérvio parte com 1.490 pontos de vantagem sobre Alcaraz e o máximo que o torneio distribui são 1.500 pontos, para um campeão invicto. Ou seja, para Carlito chegar ao primeiro lugar, terá de vencer os seus três jogos da fase de grupos e erguer, depois, o troféu.
Mas pode não chegar. Terá também de esperar que Djokovic perca todos os seus três jogos no grupo, visto que cada vitória na fase de grupos vale 200 pontos. Será que o espanhol ainda conseguirá chegar a n.º1? É um cenário que, certamente, renderá bastante a quem nele quiser arriscar apostas no vencedor das ATP Finals.
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