A recente conquista da Taça de Portugal de voleibol masculino marcou o regresso do Sporting de Espinho aos títulos nacionais na modalidade, sustentando um projeto de crescimento que o clube tem vindo a trilhar.
Na formação nortenha, que há cinco anos estava arredada de um êxito, desde a conquista pela sua equipa sénior do campeonato nacional de voleibol de 2011/12, acredita-se que este sucesso irá impulsionar uma reafirmação do clube como um crónico candidato ao triunfo em todas as provas.
"Tem havido um esforço de planeamento, organização e competência para sermos melhores. Com isso temos regressado às grandes conquistas", notou Nuno Vitó, vice-presidente do clube com a tutela do voleibol.
O dirigente reconheceu que, atualmente, o Sporting de Espinho não tem condições financeiras que se equiparem a outros emblemas, mas lembra que a história do emblema na modalidade continua a ter o seu peso.
"Claro que há grandes diferenças salariais e de orçamentos, mas não são apenas os euros que entram em campo. Temos uma equipa que se consegue agigantar e lutar contra essas diferenças, o que nos dá um grande orgulho", vincou o vice-presidente.
Nuno Vitó lembrou que tem "sido feito um grande trabalho para dinamizar o clube e a secção", considerando que a equipa sénior "é o expoente máximo do voleibol do Sporting de Espinho", e está dar "excelentes referências a todos os atletas da formação".
A contribuir para tal, está Miguel Maia, veterano atleta, que com 46 anos continua em atividade e a carregar a mística do emblema do tigre.
"Somos o clube com maior historial nacional na modalidade e este último êxito [conquista da Taça de Portugal] foi importante para o projeto do Sporting de Espinho como para a angariação de novos atletas e movimentação da cidade em trono desta instituição", considerou Miguel Maia
O experiente jogador sente "uma energia muito positiva no clube", lembrando que "apesar do Espinho ter passado uma fase menos boa, arredada de títulos", nota agora "uma grande motivação de todos".
Essa motivação poderá ser já transportada para o próximo desafio da equipa, nas meias-finais do ‘playoff’ do campeonato, tudo indica frente ao Castelo de Maia.
"Estamos a atingir os momentos decisivos da época no nosso melhor nível. Mas transmiti que temos de ter os pés bem assentes no chão para o ‘playoff’ e voltar com a mesma humildade e preparação para termos uma boa prestação e dar continuidade a este bom momento do Espinho dentro de fora do campo", partilhou o treinador Rui Pedro Silva.
O técnico da equipa sénior do emblema de Espinho garantiu que "não há uma obsessão pela conquista de títulos", mas nota que tem havido um crescimento da modalidade no clube em todos escalões.
"O Espinho está ressurgir com mais atletas, com várias equipas nos escalões de formação, e era importante termos uma equipa sénior que fosse a referência, e estes títulos ajudam imenso nesta projeção", apontou o treinador.
Rui Pedro Silva, que é também coordenador de toda secção, fala mesmo no "despertar do tigre", considerando que o voleibol do "Sporting de Espinho funciona como uma verdadeira família".
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