As atletas da seleção cabo-verdiana de voleibol que regressaram ao país esta segunda-feira à noite, depois de terem garantido em Dakar, no Senegal, a qualificação para a 11ª edição dos Jogos Africanos no Congo Brazaville, manifestaram-se indignadas com as condições de estadia que tiveram.
De acordo com as “Musas Voadoras”, nome por que é conhecido a seleção feminina cabo-verdiana de voleibol, as condições de estadia no Senegal foram “péssimas” e por isso se sentem “magoadas”, exigindo que doravante as autoridades desportivas nacionais atribuam igual tratamento para as “modalidades de elite”.
Em entrevista à Televisão de Cabo Verde (TCV) logo à chegada ao Aeroporto Internacional Nelson Mandela, na Cidade da Praia, as atletas estranharam o facto de a seleção feminina de voleibol não ter tido as mesmas oportunidades que as seleções “mais mediáticas”.
As atletas consideram que a sua seleção brilhou em Dakar, ao garantir a qualificação com duas vitórias frente as equipas nacionais da Gâmbia e Mali, “com muito orgulho e muito trabalho para dignificar a bandeira nacional”.
Na entrevista pediram as autoridades desportivas a “tirar conclusões” ao mesmo tempo que exigiram doravante, “que todas as modalidades sejam merecedoras das mesmas oportunidades e tratamento quando representam o país no exterior”.
“As nossas condições de estadia em Dakar foram péssimas, do início ao fim. Queremos o engajamento dos responsáveis do desporto em Cabo Verde”, desabafa a capitã da seleção, que entretanto, se declarou orgulhosa da qualificação alcançada pela equipa.
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