Tonela falava na Assembleia da República na sessão de perguntas das bancadas parlamentares ao Governo.

"Era urgente que essa tendência fosse resolvida, sob risco de tornar a gestão das finanças públicas insustentável", afirmou.

O governante assinalou que as despesas do Estado moçambicano com os salários estão fora dos padrões internacionais e da África Austral, onde o país está inserido.

"Temos registado um aumento progressivo de custos com salários, que têm sido consideráveis. Passaram de 8% do Produto Interno Bruto em 2010 para 14% em 2021, fora daquilo que são as normas de boa gestão das finanças publicas", destacou.

O ministro da Economia e Finanças observou que o peso os ordenados sobre as receitas arrecadadas pelo Estado tem resultado numa menor afetação de recursos para setores essenciais, como educação, saúde e infraestruturas.

Sobre as queixas feitas ao processo, Max Tonela disse que estão a ser resolvidos os erros de enquadramento verificados na implementação da TSU.

O instrumento tem sido fortemente contestado por diversas classes profissionais do aparelho estatal moçambicano, tendo os médicos chegado a fazer greve no final de 2022.

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