O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, disse que espera que com essas ações "os professores exerçam seu papel com tranquilidade e os pais possam ter segurança em relação às escolas".

Os guardas particulares estarão desarmados e atuarão em escolas localizadas nas "regiões mais vulneráveis" do estado de São Paulo. Para sua contratação, serão investidos 60 milhões de reais (121 milhões de euros), segundo o governador.

Freitas descartou a instalação de detetores de metais em centros educacionais, como pretende fazer Ronaldo Caiado, governador do estado brasileiro de Goiás.

"O ambiente escolar tem que ser de paz e alegria", disse Freitas.

O governador de São Paulo também vai ampliar a presença policial em torno das escolas e apresentar um projeto de lei para colocar um guarda dentro de cada uma, com a contratação de polícias reformados.

Freitas declarou que criará uma espécie de "botão de pânico" dentro do aplicativo da Polícia Militar com o objetivo de responder mais rapidamente a esse tipo de ocorrência.

Da mesma forma, afirmou que aumentará o número de professores dedicados exclusivamente a lidar com questões de convivência.

No último mês, ocorreram quatro ataques dentro de escolas e faculdades no Brasil.

O mais grave aconteceu na quarta-feira da semana passada, quando um homem de 25 anos invadiu uma escola infantil e matou a machadadas quatro crianças e feriu outras quatro, entre 3 e 7 anos, na cidade de Blumenau, no estado de Santa Catarina.

Dez dias antes, um adolescente de 13 anos esfaqueou uma professora até à morte e feriu outras quatro pessoas numa escola de São Paulo.

Diante dessa onda de ataques, o Governo do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, endureceu na quarta-feira as regras que regem a atividade das redes sociais perante a proliferação de publicações exaltando esse tipo de agressão.

 

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