
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) afirmou num comunicado hoje divulgado que as taxas de inflação mais elevadas foram registadas na Hungria, Letónia, Lituânia e Turquia (todas acima dos 20%).
"Depois do pico observado em junho de 2022, a inflação energética continuou a diminuir na OCDE, embora a um ritmo mais lento do que no mês anterior", indica a organização, afirmando que os preços da energia na organização subiram 16,4% em janeiro face ao mesmo mês de 2022, o nível mais baixo desde março de 2021, contra 18,2% em dezembro de 2022.
A queda da inflação energética resultou em parte da mudança de política nos Países Baixos (introdução de um limite de preços para a energia) e em Itália (diminuição dos preços regulados dos produtos energéticos).
Na Bélgica, Dinamarca, Itália e Turquia a desaceleração dos preços da energia em janeiro de 2023 foi em grande parte explicada pelo forte aumento do índice de preços da energia no consumidor em janeiro de 2022 (ou seja, efeito de base).
Em relação à inflação alimentar na OCDE, a organização afirma que esta abrandou para 15,2% em janeiro, contra 15,6% em dezembro de 2022, enquanto a inflação excluindo alimentos e energia ficou estável.
Em janeiro de 2023, a inflação foi, em geral, estável no conjunto do G7, tendo aumentado na Alemanha, Japão e, em menor medida, em França, enquanto nos Estados Unidos se manteve estável em termos gerais.
A Itália registou um declínio acentuado, enquanto no Canadá e no Reino Unido verificaram-se quedas significativas mas menos substanciais.
A inflação alimentar e energética continuou a dar o principal contributo para a inflação global em França, Itália e Japão, enquanto a inflação excluindo alimentos e energia foi o principal motor no Canadá e nos Estados Unidos.
Na Alemanha e no Reino Unido, ambas as componentes contribuíram de forma quase igual para a inflação global.
Na zona do euro, a inflação homóloga medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) caiu para 8,7% em janeiro, contra 9,2% em dezembro de 2022.
A inflação energética continuou a diminuir, enquanto a inflação alimentar, bem como a inflação excluindo alimentos e energia, aumentaram ligeiramente.
A estimativa provisória do Eurostat para fevereiro de 2023 aponta para uma nova diminuição da inflação homóloga na zona euro, com a inflação energética a cair significativamente, enquanto a inflação excluindo alimentos e energia aumentou ligeiramente.
No G20, a inflação homóloga foi em geral estável, atingindo 8,4% em janeiro de 2023.
A inflação diminuiu na Indonésia e na África do Sul, mas aumentou na Argentina, China e Índia e ficou globalmente estável no Brasil e na Arábia Saudita.
MC // CSJ
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