
"Pelas reivindicações, eles querem televisão, querem sistema de iluminação, visita íntima, coisa que o sistema prisional não está atendendo porque está cumprindo a lei de execução penal", afirmou Francisco Araújo, citado pela imprensa local.
As autoridades acreditam que as ordens para os ataques em pelo menos 14 cidades do estado foram feitas de dentro das prisões e coordenada por um grupo criminoso Sindicato do Crime, de dissidentes do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa do Brasil.
"Nós temos investigações, tanto da Polícia Civil, como da Polícia Federal e Ministério Público, de possíveis pessoas que estavam presas com esse líder da organização criminosa que foi transferido ontem [terça-feira] à noite, de ter ordenado esses ataques. Ele estava preso em Alcaçuz, recebeu visitas e, pelas investigações, tem indícios de ele ter dado ordem para fazer esse tipo de ação", disse o secretário, citado pelo jornal Terra.
Pelo menos seis cidades do nordeste do estado brasileiro do Rio Grande do Norte foram atingidas na noite de terça-feira por uma série de ataques que têm vindo a espalhar o terror nos últimos dois dias, incendiando veículos e disparando contra edifícios públicos, disseram as autoridades.
Na noite anterior (de segunda para terça-feira), cerca de 14 cidades neste estado de cerca de 3,5 milhões de habitantes já tinham sido atingidas por esta onda de violência que deixou dois mortos.
Apesar de um reforço da segurança na terça-feira, com a Força Nacional, os ataques continuaram, particularmente em Natal, a capital do Rio Grande do Norte.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, anunciou hoje na rede social Twitter que "220 agentes da polícia foram enviados para ajudar as forças de segurança do estado", e sublinhou que outros reforços poderiam ser destacados, se necessário.
De acordo com o portal G1, citando fontes policiais, dois indivíduos morreram em troca de tiros com a polícia, dois outros foram feridos e 30 foram presos.
MIM // LFS
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