"Que sejam mais eficientes no uso tanto da energia como da água e que apostem nas energias limpas, que não só ajudam o ambiente, mas também ajuda o país na sua sustentabilidade económica e financeira, mas também é uma questão de sobrevivência", apelou o administrador da ARME, Carlos Ramos.

O responsável administrativo falava à imprensa no âmbito de uma feira realizada na Praia alusiva ao Dia Mundial do Consumidor, para sensibilizar os consumidores e pô-los em contacto direto com as empresas.

"Cabo Verde, como um país que não tem muitos recursos, dificulta um pouco a vida dos consumidores, pelo que é necessário que os consumidores invistam cada vez mais nas energias limpas para podermos ter menor dependência da energia fóssil e também reduzir as nossas faturas energéticas", continuou.

Carlos Ramos deu como exemplo no ano passado, em que de abril a junho o país registou quase mil milhões de escudos (9 milhões de euros) a mais na fatura energética, devido aos aumentos de preços no petróleo e seus derivados com os custos da importação.

"Portanto, se nós tivéssemos menos dependência energética, com certeza que esse valor seria canalizado internamente e não sairia para fora do país para pagar aos produtores das energias fósseis", apontou o administrador.

Sob o lema "Capacitar os Consumidores Através de Transição da Energia Limpa", a feira conta com a participação de várias empresas cabo-verdianas, tendo sido convidados ainda estudantes do ensino secundário e outras instituições.

O Dia Mundial dos Direitos do Consumidor é um evento global da Consumer International, que está associado ao célebre discurso de John Kennedy, quando no dia 15 de março de 1962, na qualidade de Presidente dos Estados Unidos da América, destacou a importância dos direitos do consumidor, como a segurança, a informação, a liberdade de escolha e de ser ouvido.

Este ano, escolheu a transição energética como tema, para capacitar os consumidores sobre a necessidade de uso da energia limpa, para a redução nas suas faturas, sobretudo na energia e da água, e também fazer face ao aumento do custo de energia a nível mundial.

RIPE // LFS

Lusa/Fim