Ao ler a entrevista que Paulo Bento deu ao Site da FIFA, constatei mais uma vez o caráter e a frontalidade do selecionador. Por outro lado, fiquei admirado com o teor da mesma, dado que ele como líder e por inerência do cargo é o maior responsável e o garante do percurso da Seleção o que reforça a sua franqueza.
«Portugal ao disputar jogos em que teoricamente é o grande favorito tem algumas dificuldades. Falharam coisas essenciais, como jogar melhor em algumas partidas, nomeadamente nos dois jogos contra Israel e no primeiro tempo contra a Irlanda do Norte».
Desta vez essa situação não se coloca, dado que vamos jogar com uma excelente seleção, o que nessa lógica é uma vantagem para nós.
«Falharam algumas coisas essenciais. Isso tem a ver com questões emocionais, mas também técnicas e tácticas. Não fomos suficientemente competentes para ganhar esses jogos. Ainda não conseguimos superar esse problema».
Estes jogos do Play-Off são decisivos. O problema terá de ser urgentemente resolvido. Emocionalmente, teremos de ser desinibidos, determinados e ambiciosos. O trabalho psicológico, de persuasão e de motivação para elevar a autoestima e a confiança, é uma das importantes áreas do selecionador.
A técnica faz parte do ADN dos intérpretes e os jogadores de seleção são e devem ser os melhores em todas as vertentes onde a técnica se inclui.
«Falharam algumas coisas essenciais, não fomos competentes, deveríamos jogar melhor». Tem toda a razão. De facto a coisa que mais falhou a seguir à parte psicológica, foi a táctica e a organização.
«Admiro os talentos individuais, mas a obrigação de um treinador é direcionar esses talentos para a organização colectiva. Há jogos em que as individualidades resolvem. Mas quem ganha títulos são as melhores equipas».
Talentos temos, entre os quais está um dos dois melhores do mundo. Só falta de facto direcioná-los e explicar-lhes o guião do papel que cada um deve interpretar na desejada organização coletiva, para sermos competentes e jogarmos melhor.
Os jogos com a Suécia são determinantes para viajarmos para o Mundial do Brasil. A sincera por fidelíssima análise de Paulo Bento ao que de bom não realizamos, demonstra que é preciso alterar muita coisa na abordagem ao Play-Off.
Nesta eliminatória tudo vai ser diferente.
Acredito que vamos ao Mundial, dado que retificaremos os erros e as lacunas anteriores e porque os jogadores vão superar-se. Com tática ou sem tática, mais bem organizados ou menos, venceremos.
O Mundial é um palco que todos desejam pisar.
É obrigatório irmos ao país irmão, somos a mãe e o pai do Brasil. Temos o nosso rei Cristiano, que tem de marcar presença no Brasil 2014, tal como toda a sua categórica corte. Estamos com a seleção e vamos apoiá-la em uníssono no dia 15 no Estádio da Luz!
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