Este jogo em atraso não atrasou o Porto, pois ao vencer os sadinos igualou o Benfica. Os campeões impuseram logo de início um ritmo alto. Com a intenção de “vamos a isto que se faz tarde”. Mas, “depressa e bem há pouco quem”. A pressão dos Dragões foi constante durante os primeiros vinte minutos, contudo apesar de muito querer e de muita vontade, o futebol praticado não mostrou a qualidade a que nos habitou.
O Vitória de Setúbal a meio da primeira parte soltou-se do espartilho azul e branco e Meyong só com Helton pela frente rematou em força, e à figura. Se colocasse o remate teria feito o empate. E em termos de perigo, o V. Setúbal ficou-se por aqui, enquanto os campeões criaram mais duas flagrantes ocasiões para marcar por intermédio de Kelvin e de Moutinho.
José Mota organizou a equipa num 4x4x1x1, com a intenção de encurtar espaços aos dragões defendendo em bloco. Quando recuperassem, a bola a ideia era sair rápido em contra-ataque, avançando pelas alas. Outra estratégia era aproximar Bruno Amaro de Meyong, o qual segura bem a bola e podia endossá-la ao médio que tem um remate muito forte. Mas tal não aconteceu.
Se nos quarenta e cinco minutos iniciais o futebol deixou muito a desejar, exceção para as jogadas já descritas, na segunda parte lutou-se mais do que se jogou. O futebol baixou ainda mais o nível. O Porto realizou ontem a mais fraca exibição da época. Pode-se argumentar que o Setúbal foi uma equipa muito organizada a defender. Mas não foi. O que faltou ao Porto foi um cérebro chamado James, o qual dá um toque de classe à equipa.
Num meio campo sem Fernando e James, e com Lucho a meio gás, resta Moutinho, mas sozinho não dá conta do recado. Talvez por isso, Vítor Pereira optou por colocar Alex Sandro a laborar entre o meio campo e o corredor esquerdo.
Apesar da menor exibição, é preciso realçar que a superioridade e a vitória do campeão nunca estiveram em causa. Claro que após as expulsões, tudo se tornou mais fácil e o Porto aproveitou para marcar mais dois golos.
No dia em que um jornal destacava na primeira página, «Arbitragem sobre suspeita». Juntamente com as palavras de Vítor Pereira, o qual dizia que estava preocupado com as arbitragens. Vítor Pereira comparava a dualidade de interpretações dos juízes nos jogos do Benfica e do Porto. A arbitragem está na ordem do dia. Pedro Proença, o melhor árbitro do mundo em 2012, não se livrou de ser contestado no final do jogo. Mesmo que tenha razão nas decisões que tomou. E na maioria teve. Não escapará à polémica que se agudiza cada vez mais.
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