A 2ª jornada europeia não correu nada bem ao futebol português. Em cinco jogos nem uma só vitória. Diz-se que tudo continua em aberto. É verdade, tudo pode suceder. Mas este “aberto”, não é de portas escancaradas, pelo contrário está entreaberto. Na Liga dos Campeões, os nossos representantes nos dois próximos jogos frente, a Zenit e Olimpiacos, têm de vencer. Jogam em casa. Psicologicamente, ao afastarem os adversários, estes ficam pressionados a terem de ganhar nos seus campos, o que poderá ser benéfico para os portugueses.

Porém, para que tal suceda os Dragões terão de fisicamente durar os 90 minutos para manter o ritmo exigido (em todos) nestes jogos que são a montra, a expansão qualitativa e a banca dos clubes. Jogar só 30 minutos, mesmo bem como o fizeram, é pouco, faltou uma hora de espetáculo. O preço do bilhete é para 90 minutos.

O Benfica nem uma meia hora realizou, o seu futebol está ausente, não se vê. O Benfica precisa urgentemente de apresentar o agradável futebol da época passada nos palcos nacionais e nos da ribalta. Ele está lá, é só ir ao baú e recupera-lo!

A Liga Europa é uma espécie de prova de países - leia-se clubes - periféricos, a qual distribui em prémios 10% do que distribui pelos países ricos da Liga dos Campeões. Contudo, como estes clubes têm um menor orçamento, tudo o que vier é ganho.

Nesta prova a exceção é o Vitória de Guimarães, 4 pontos em 2 jogos. É promissor, apesar de ter no seu grupo dois opositores de peso, Lyon e Bétis. Se pontuar em Sevilha, é meio caminho andado para passar à fase seguinte.

O Paços de Ferreira foi feliz no sorteio, só tem um adversário acima do seu nível, a Fiorentina. Ontem não aproveitou o fator casa para derrotar o Pandurii. Mas, se na próxima jornada derrotar o Dnipro em Guimarães, passa a ocupar o 2º lugar, e terá de mantê-lo para seguir para a fase seguinte.

Ao Estoril calhou-lhe a fava. Uma forte equipa espanhola, Sevilha, um clube alemão, Freiburg, e este Slovan Liberec, o qual ocupa o 2º lugar. Nesta altura as coisas não estão fáceis para os canarinhos. Mas nada está perdido. O Estoril é uma valorosa equipa, está muito bem orientada pelo jovem Marco Silva, os canarinhos venderam caras as duas derrotas e mostraram argumentos para alcançar a etapa seguinte.