Portugal jogou ontem na Escócia e empatou a zero.
Digo logo assim, curto e grosso, que é para não andar aqui a ornamentar muito um resultado que se fosse em lutas medievais não nos humilharia, mas no futebol humilha e de que maneira.
Após uma vitória incontestável na Polónia, não se esperava nada menos que uma vitória folgada contra uma seleção que nos últimos 11 jogos ganhou apenas um, contra a toda poderosa Gibraltar.
Roberto Martinez voltou ao seu modo Schmidt e fez seis alterações face ao onze que tão bem jogou na Polónia. Poderia-o ter feito depois de estar a ganhar confortavelmente perguntam vocês, sim podia, mas não seria a mesma coisa. Para ajudar à festa, antes do jogo esteve à conversa com o árbitro da partida, que por sinal é belga e meus amigos, todos sabemos o que Martinez fez à melhor geração de sempre do futebol belga, anulou-a. O senhor do apito, o senhor Visser, não se fez rogado, vingou e bem o seu país e em caso de dúvida, era sempre para os escoceses. Foi uma arbitragem bem caseirinha como os ovos das nossas avós.
Quanto ao jogo, muita posse de bola, a Escócia a jogar num modelo tipo Casa Pia em Alvalade, não podemos falar de bloco baixo, aquilo era mais um "bunker" a envolver a baliza à guarda de ansião Craig Gordon.
Segundo o nosso super especialista em futebol e jogos com bolas António Tadeia, o guardião escocês de 41 anos (o Ronaldo está novo malta, mentalizem-se disso) joga na equipa escocesa do "Hurts". Lindo sotaque inglês do nosso jornalista, fico em pulgas para o ver e principalmente ouvir um dia comentar um jogo em parceria com o Nuno Luz.
Voltando ao jogo, Portugal mandava bolas para a área escocesa, mas elas não entravam. Faria facilmente uma piada sexual com esta frase, mas não a vou fazer, vou manter a decência desta crónica, não a conspurcando com pensamentos devassos e eróticos.
Neste jogo tipo autoestrada, de sentido único, alguns jogadores portugueses estiveram uns furos abaixo do que seria de esperar.
- O António Silva parecia ter um amigo imaginário em campo tantas vezes foram as bolas que lhe enviou e o amigo imaginário não recebeu.
- O Palhinha depois de se divorciar no Registo Civil, decidiu divorciar-se do futebol na Escócia.
-O Bruno Fernandes parece o meu tio Paulo, quer fazer tudo bem e não faz nada de jeito.
-O Cancelo a cruzar é tipo eu a fazer o Euromilhões, não acerto um.
-O Cristiano Ronaldo parecia querer bater um recorde, mas talvez por estar na Escócia, não era de futebol, era de Rugby, era cada bola para os céus, que parecia estar em busca de um ensaio, mas neste caso era de cegueira pois não acertava na baliza.
Foi uma desgraça, só não foi pior porque sejamos honestos, os escoceses, tirando os seus nomes que parecem marcas de Whisky, o seu "Braveheart" que parece digna de um "William Wallace" e o tipo que entrou na segunda parte que parecia saído da segunda temporada do "Prison Break", não apresentou mais nadinha.
Às vezes a felicidade está nas pequenas coisa sabem. Nós todos amuados e chateados por empatar e os escoceses festejavam um canto ou uma fifia do Cristiano Ronaldo como se fosse um golo do Éder contra a França.
Eles são felizes, nós somos amuados, é a vida.
Amigos, para terminar só vos digo uma ou até duas coisas. Ao menos assim, já não sonhamos em ganhar algo e a desilusão será sempre menor.
Até porque como sabem, o que nos "mata", é a esperança.
Portugal segue na frente do grupo e está a um pequeno passo de alcançar o objetivo mínimo, a qualificação para os quartos de final da Liga das Nações. Esperemos que a palavra quartos não adormeça ainda mais esta equipa bipolar.
Viva Portugal!
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