Paulo Bento, afirmou que as características do adversário neste particular se assemelhavam às de, Israel, país onde Portugal a 22 de março, e discutirá provisória ou definitivamente o segundo lugar do Grupo F. Ainda não vi jogar Israel, porém acho que o futebol dessa seleção tem pouco a ver com o jogo Sul-americano.
O selecionador desejava uma seleção concentrada no jogo com o Equador: «Os resultados são sempre importantes, mas o que pretendemos é conseguir agregar um bom resultado a uma boa exibição». Contudo faltou concentração nos lances defensivos o que por consequência afastou o pretendido bom resultado. Quanto à prestação em termos ofensivos digo que a seleção praticou a melhor e mais contínua exibição dos últimos jogos.
Os jogadores iniciaram o jogo com muita vontade e determinação, para provarem o prazer e o sentimento de representarem a Seleção. O CR7 retribuiu e agradeceu ao público de Guimarães, o qual na véspera lhe ofereceu uma calorosa ovação, mais o cântico uníssono de “parabéns a você”. Um Cristiano feliz. Na seleção, já não o via há muito tempo exibir-se a este elevado nível. Inspirado no minuto inicial Cristiano parou no peito e rematou para golo, o guarda-redes defendeu sem saber como, a bola sobrou para Postiga e nova defesa de Bangera.
Tudo indiciava que iríamos ter um bom espetáculo de futebol e ele existiu até à saída de Cristiano e Postiga. O jogo foi emotivo, ambas as equipas criaram várias oportunidades de golo. Todavia, Portugal ao jogar com dois centrais frente a dois arietes, sujeitou-se a cometer erros de colocação os quais sucedem quando uma defesa não atua em superioridade numérica. A defender a equipa oscilou, e errou coletiva e individualmente. No primeiro golo do Equador a desconcentração de Eduardo ao sair em falso, e ainda a errónea colocação de Fábio Coentrão. No segundo nem João Pereira, nem Eduardo comunicaram entre si. No terceiro onde estavam os centrais? Como é possível que isto suceda?
Na tentativa de pelo menos chegar ao empate, na fase final, Paulo Bento jogou num 3x4x3. Mas não escolheu a melhor opção ao colocar João Moutinho no corredor direito, pois Ruben Amorim está mais familiarizado com esse corredor, uma vez que tanto joga a defesa, como a médio-ala. Deslocado, Moutinho, quando era mais necessário, deixou de ser o municiador atacante.
Defendemos mal. Vamos corrigir para evitarmos o “Muro das Lamentações”. Acredito que ganhamos em Israel se formos mais coesos defensivamente, e mantivermos esta positiva e fluente evolução ofensiva, a qual gerou várias e corretas ações de ataque, das quais realço as jogadas dos nossos golos. Ambos foram obras de arte coletiva. No primeiro, João Moutinho passa a Coentrão e este de calcanhar serve Cristiano que dribla um adversário e executa um belo golo. O segundo exemplifica a simplicidade, e a eficácia de jogar para a equipa. Cristiano, serve Nani este cruza e Postiga marca.
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