O jogo de logo em Solna está a gerar enormes espectativas quanto ao resultado final. Fala-se muito e em coisas marginais que nada têm a ver com o que se vai passar dentro das quatros linhas.
Compreende-se a emoção que rodeia a incerteza sobre qual das seleções vai ao Mundial do Brasil.
Neste momento Portugal tem mais possibilidades para seguir em frente, dada a vantagem de 1-0 obtido no Estádio da Luz. Os resultados por uma bola de diferença não têm o mesmo significado. Vencer por 1-0 é mais rentável que ganhar por 2-1, ou 3-2. Com 1-0, os suecos para nos ultrapassarem, terão de marcar dois golos, enquanto se tivesse acontecido o 2-1 ou 3-2, bastava-lhes ganhar por 1-0.
A Portugal basta-lhe marcar um golo para concretizar os seus desejos, dado que os suecos teriam de marcar três para nos superarem. Não é assim tão difícil marcar um golo a uma das piores defesas dos segundos classificados nos grupos de apuramento. É verdade que a Suécia na fase de qualificação sofreu muitos golos, mas também marcou imensos. Contudo na Luz foi inoperante.
Paulo Bento disse: «Não vamos à Suécia defender o resultado. É importante marcar. A estratégia passa por tentar ganhar o jogo. Sabemos que temos uma vantagem de um golo, que não é larga, mas é uma vantagem».
Já na questão de que a obtenção de um golo, não decide o resultado, não concordo. Pois se marcarmos o 1-0 esse golo garante a nossa ida ao Brasil. Se for a Suécia a inaugurar o marcador vamos passar por algumas dificuldades e teremos de reagir com a marcação do fundamental golo.
As nossas vantagens, para logo, são as mesmas da Luz. Devemos jogar no campo todo, quando tivermos a bola ou a recuperarmos, e dessa forma controlarmos e dominarmos as ações atacantes na procura do golo. Quando não a possuirmos, defendermos de forma coesa e organizada para anular o jogo dos suecos.
É óbvio que se o jogo for dividido e se os princípios do mesmo se cumprirem, teremos mais espaço para sair em contra-ataque, o que beneficia a velocidade de Cristiano e Nani, ou Varela. E aumentamos as hipóteses para marcar e acabar com a eliminatória. Porém, é preciso muita atenção no posicionamento defensivo e na abordagem aos lances aéreos do ataque dos suecos. Defender dentro da grande área é um risco que não podemos correr.
Nesta flutuação futebolística de lances de ataque e defensivos, vence a equipa mais organizada, a que melhor executar o plano escolhido, a mais eficaz e por vezes a mais beneficiada pela sorte. Tudo isto são conjeturas do que pode suceder. Porém o desfecho final é uma incógnita. Se ganharmos ou empatarmos? Será ótimo para nós. Se formos a prolongamento? Poderá ser mais complicado, face à capacidade física dos nórdicos. Se o jogo se decidir nas grandes penalidades? Ganhamos.
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