O F.C. do Porto dominou o jogo quase por completo. Dessa supremacia, saíram muitos cantos, vários remates que poderiam acabar em golo, mas o “imperador” Adriano estava lá para defender e defendeu muito, e bem. Mas se o Porto ficou em branco não foi só pelo mérito daquele guarda-redes.
O Gil Vicente que neste jogo pareceu estar menos bem servido de jogadores, fez o que tinha a fazer, foi rigoroso a defendeu, defendeu quase todo o tempo de jogo, foi inoperante no ataque, mas ainda assim teve duas ocasiões para marcar.
O Porto não encarou o jogo com determinação, entrou em velocidade de cruzeiro, e erradamente foi deixando correr o marfim. Quando se defronta uma equipa que só defende, exige-se maior velocidade aos jogadores, mais mobilidade, mais jogadas ao primeiro e segundo toque. Só que os jogadores do Porto apostaram mais no imobilismo do que na dinâmica.
Coletivamente o Porto continua igual à época passada, sem a organização atacante desejada. Claro que o valor individual dos seus elementos disfarça, a falta de ligação entre os setores. Quem tem Lucho, (pena que não dure os 90 minutos) Hulk, James e Moutinho, (ontem muito apático), reúne elementos para criarem bons pormenores individuais, e até de conjunto…
“Como era preciso mudar qualquer coisa”, Vítor Pereira alterou o modelo de jogo ao colocar Kleber como segundo ponta de lança. Esta coisa de introduzir avançados parece agradar ao público, pois significa que a equipa tem mais jogadores no ataque, e dessa forma estará mais perto do golo. Pura ilusão para se explorar o mais alto rendimento futebolístico de qualquer modelo de jogo, é preciso criar planos defensivos e ofensivos.
E o 4X4X2 exige planeamento para que o seu jogo ofensivo, seja eficaz. Desde logo precisa que exista coordenação entre os pontas- de -lança. Estes têm de estar sintonizados e criarem várias movimentações anteriormente ensaiadas, treinadas e assimiladas. Se os avançados jogarem um em função do outro, realizando várias desmarcações combinadas criam espaço de penetração e de finalização para o colega.
Ontem parecia não existir um plano de entendimento entre Jackson Martinez e Kleber. Colocaram-se de forma quase estática dentro da grande área, e limitaram-se a esperar que a bola lá chegasse. Como o esférico raramente lá chegou?
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