Vítor Pereira tem toda a razão para se sentir feliz ao afirmar que «nove pontos, numa Liga dos Campeões não é para qualquer equipa». Pois na realidade só três equipas acompanham o seu FC do Porto.
O Barcelona, o Manchester United e o surpreendente Málaga.
Já quanto ao dizer que: «Fizemos uma primeira parte de grande qualidade. Tenho que dar os parabéns a esta equipa porque depois de duas semanas e tal de paragem e voltar para o jogo, principalmente um jogo destes, não é fácil entrarem a este nível». Não tem razão.
Quando os jogadores fazem três jogos por semana estão cansados pela sobrecarga competitiva. Se descansam não têm ritmo. Em que ficamos? Talvez numa correta programação de treino!
Aliás, é verdade que na primeira parte o FC Porto dominou, mas foi um domínio convidativo por parte dos ucranianos que inicialmente só pensaram em defender. O FC Porto apresentou um futebol lento, previsível, portanto, percetível para o adversário. O futebol coletivo de passes laterais e poucos de rotura, foi suficiente para o controlo do jogo, e para marcar dois golos. Mas para golear esta equipa ucraniana exigia-se maior dinâmica, mais mudanças de ritmo, mais acutilância. A segunda metade foi pior, foi mesmo penosa para quem gosta de ver futebol.
Valeu a capacidade técnica de alguns jogadores e a participação defeituosa da defesa do Dínamo no primeiro e no terceiro golos. Lucho foi o municiador de dois golos, no primeiro e no terceiro. James neste momento é o cérebro e o corpo dos Dragões. Lucho tem ideias e técnica, mas fisicamente joga num ritmo repousado e mesmo assim não aguenta os 90 minutos. James movimenta-se por todo o campo e ontem assinou outra obra-prima, ao executar aquele toque mágico e desconcertante que isolou o seu compatriota Jackson Martinez no segundo golo.
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