Num dia bom a seleção das quinas vencerá pelo menos três dos possíveis adversários. O mal é que teremos de estar num dia bom. O normal já não chega…
O sorteio é hoje! Dos quatro adversários, existe uma unanimidade quanto ao fugir da França como a mais forte e a possibilidade de nos calhar a Islândia como supostamente a mais fraca. Mas se conseguirmos analisar as últimas campanhas desta seleção e deste grupo de jogadores e equipa técnica, constatamos que o grande inimigo somos nós. O discurso feito e assumido que agora, play-off, é que é! Não podemos falhar mais. Mas pode-se falhar alguma vez na competição a sério? Os treinos não servem supostamente para isso? Discursos desalinhadas contra Israel que para a equipa técnica serviria o empate porque chegaria para o play-off e depois alguns jogadores a afirmarem que queriam era a vitória. 
Mais do que convencido que se não nos calhar a França, teremos mais do que 50 % de possibilidades de chegar ao Brasil. Mas convém ter a consciência que com esta mentalidade, por muita qualidade que existisse, não iríamos lá. O talento já não chega. Porque outras seleções conseguem reunir um pouco mais de talento, mas conseguem ter muito mais mentalidade competitiva! 
Será interessante observar os denominadores comuns das equipas que vencem mais vezes que as outras. Têm talento. Mas muitas outras que têm talento não entram nesse role de vencedoras. Porque quem ganha, potencia a qualidade com a capacidade de conseguir reunir um grupo de bons atletas à volta de um objetivo coletivo. Compromisso. Alinhamento. Melhoria contínua. Não conviver com jogos onde se pode falhar…e outros onde têm mesmo de vencer.
Entretanto, Paulo Fonseca na Liga dos Campeões e Jorge Jesus, também nesta competição e na Liga portuguesa, terão dez dias decisivos. Jornada dupla que colocará frente a frente os candidatos ao 2º lugar em cada um dos seus grupos da Liga dos Campeões. Pelo meio existirá uma jornada interna. Benfica com tarefa mais facilitada, mas com a gestão do plantel e a suposta má forma, tudo pode acontecer. Jorge Jesus continua com muita dificuldade em motivar os seus atletas a demonstrar muito mais, e qualquer perda de pontos pode ser fatal. 
Paulo Fonseca terá a tarefa ainda mais dificultada. Uma deslocação enorme à Rússia antecedida com a receção ao Sporting mais motivado dos últimos anos. O treinador portista não consegue disfarçar a incoerência do seu discurso. Sobre a forma da equipa, os objetivos e especialmente sobre alguns erros de arbitragem que têm quer favorecido quer prejudicado o Porto.  
Uma não vitória contra o Sporting não será fatal para as aspirações do clube. Mas Paulo Fonseca perderia ainda mais a pouca credibilidade que possui nas hostes azuis. Pelo contrário, Leonardo Jardim continua em alta! E com toda a justiça.