É esta quinta-feira que os 12 arguidos da Operação Pretoriano deverão conhecer a decisão judicial no Tribunal de São João Novo, no Porto. A leitura do acórdão está agendada para as 14 horas, salvo algum imprevisto que justifique o prolongamento da sessão.

Entre os arguidos estão Fernando Madureira, ex-líder da claque Super Dragões, Sandra Madureira, Vítor Catão, Hugo Polaco, Vítor Aleixo, Vítor Aleixo (filho), Fernando Saul, Carlos Jamaica, Hugo Loureiro, José Pereira, Fábio Sousa e José Dias.

Em causa estão 31 crimes, maioritariamente cometidos em coautoria: sete crimes de ofensa à integridade física em contexto desportivo, 19 de coação agravada, um de instigação pública a um crime, um de arremesso de objeto ou líquidos e três de atentado à liberdade de informação. Hugo Loureiro responde ainda por detenção de arma proibida.

O Ministério Público pediu penas de prisão efetiva superiores a cinco anos para seis dos principais arguidos, entre eles Fernando Madureira, que se mantém em prisão preventiva desde a detenção, em 31 de janeiro de 2024. Hugo Polaco também esteve preso, mas foi libertado entretanto, e Vítor Catão está em prisão domiciliária desde o início do processo.

Os factos em julgamento remontam à Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto, a 13 de novembro de 2023. Segundo a Procuradoria-Geral Regional do Porto, os arguidos terão atuado de forma concertada para instalar um clima de medo e intimidação entre os sócios presentes, impedindo-os de exercer livremente o seu direito de voto.

Quatro meses e meio depois do início do julgamento, a 17 de março, chega agora o desfecho de um processo que marcou o último ano do universo portista.