O FC Porto triunfou no jogo de lendas contra o Real Madrid (1-0), mas nem todos ficaram felizes. Após a partida, Mário Jardel mostrou o seu descontentamento por não ter sido convidado a participar no encontro de solidariedade.
“Não fui convidado e não sei o motivo. Fiquei muito triste, pois sou o único jogador da sua história com duas Botas de Ouro. Sou uma história importante deste clube e fui marginalizado. Não é assim que se trata os ídolos que estão vivos”, desabafou, em declarações ao jornal Marca.
Jardel revelou ainda que tentou entrar em contacto com responsáveis dos dragões, mas sem sucesso. “Liguei várias vezes ao meu ex-colega Vítor Baía [vice-presidente do FC Porto], mas não me fez caso. Tenho uma relação muito boa com o clube e este era um jogo que teria gostado de jogar, pois faço muitos jogos solidários deste tipo”.
Quanto aos motivos para não ter estado presente, o antigo avançado do FC Porto acredita que não estão relacionados com o seu passado conturbado. “Não creio que seja por isso e o FC Porto deve ser um senhor clube, que respeita a sua história. Precisamente por vir de onde venho, eu teria ajudado muito hoje no Bernabéu. Se me querem ajudar de verdade com tudo o que tive, isto não se faz. A minha história no FC Porto vai além das drogas e da indisciplina que tive na minha vida passada fora do futebol. Nada nesta vida é perfeito”, explicou.
Antes de terminar, deixou nova indireta aos dragões, que acredita não terem tido o comportamento mais correto. “Estou feliz e bem fisicamente, a viver cada dia como se fosse o último. Cuido da minha saúde, vou ao psiquiatra e tenho acompanhamento, estou a curar-me dos vícios pouco a pouco. Mas o clube nada, nem me ligou para ver como estou. Agora sou um homem limpo, que dá valor à família e estou a reconstruir amizades. Pedi perdão por tudo o que fiz e estou nesse processo”, concluiu Mário Jardel.
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