O antigo jogador e capitão do FC Porto, Lucho González, participou no podcast 'Clank', onde esteve à conversa com o jornalista argentino, Juan Pablo Varsky. O antigo jogador argentino recordou a passagem pela Europa, onde representou os dragões e o Marselha.

Aos 43 anos, Lucho é agora treinador-adjunto no Internacional e começou por recordar um episódio curioso. "No meu segundo ano no FC Porto disseram-me que tinha que escrever um livro. Eu perguntei: 'Sobre quê?'. Não vou escrever um livro, prefiro guardar esses momentos inesquecíveis para mim", revelou.

O ex-médio foi um de muitos jogadores argentinos que viram em Portugal uma porta de entrada na Europa e acredita que foi um dos pioneiros desta mudança de mentalidade.

"Quando fui vendido pelo River Plate ao FC Porto, lembro-me que Portugal não era uma referência para os argentinos, embora sempre houvesse argentinos em várias ligas. Normalmente íamos para Espanha ou Itália. Alguém me perguntou se corria o risco de perder o meu lugar na seleção argentina, porque já me tinha estreado com Marcelo Bielsa. Eu disse que não e tudo correu bem".

No entanto, foi em Marselha que viveu um dos momentos mais caricatos da sua carreira. "Nunca vivi nada igual ao que experimentei em Marselha. Os adeptos são muito parecidos com os argentinos. Eu não sabia que gostavam tanto de mim", afirmou, antes de contar ainda uma história curiosa: "Havia uma pessoa que me levava fotos do Che Guevara todos os dias. Um dia, tive de lhe dizer que sabia quem ele era, mas que não gostava dele e que não queria mais fotos", concluiu.

Na sua longa carreira, Lucho González representou Huracán, River Plate, FC Porto, Marselha, Al-Rayyan e Athletico Paranaense.