O recém-reeleito Fernando Gomes assumiu hoje uma defesa universal dos destinos do futebol português, após ter sido reconduzido para um terceiro e último mandato na liderança da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
“Aos sócios e delegados da FPF garanto que defenderei o futebol como um todo. Não há futebol profissional e não profissional, nem masculino ou feminino. Há unicamente um futebol. Garanto que não terei visões sectárias e continuaremos a priorizar a prática das mulheres e dos jovens”, frisou o dirigente, na tomada de posse dos novos órgãos sociais.
Fernando Gomes, de 68 anos, foi reeleito na presidência do organismo federativo rumo ao quadriénio 2020-2024, ao qual concorreu sem oposição e somou 74 votos a favor (90,2%), três em branco e cinco nulos, num universo de 82 eleitores dos 84 delegados inscritos, prometendo “continuar solidário e atento e unido”, num “tempo especialmente desafiante”.
“Garanto que o licenciamento e integridade de todas as provas serão tarefa diária. Garanto que trabalharemos com os clubes profissionais e com a Liga com o mesmo espírito construtivo e de exigência de sempre. Garanto que os sócios de classe da FPF continuarão a estar permanentemente envolvidos nos processos de decisão”, enumerou.
O líder federativo admitiu que as associações distritais “permanecerão sempre no centro da ação”, na antecâmara da “época mais difícil da história”, que poderá arrancar com “algumas competições em setembro”, depois do cancelamento de quase todo o futebol português em 2019/20 devido à pandemia de covid-19, à exceção da I Liga.
“As reuniões que temos tido com o Estado e as autoridades de saúde, a última das quais hoje, fundamentam essa esperança. Essa possibilidade é desafiante e encerra uma responsabilidade ainda maior, mas incute-nos a energia necessária para que nós e as outras federações consigamos entregar o desporto em Portugal”, apontou.
Fernando Gomes agendou para agosto uma sessão com a presença do presidente da UEFA, o esloveno Aleksander Ceferin, “que em condições normais estaria cá hoje”, na qual pretende contar também com o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, a quem agradeceu a “convivência, a proximidade e o impulso”.
O antigo avançado Hélder Postiga é uma das novidades na direção, na qual estará juntamente com os repetentes Humberto Coelho, João Vieira Pinto, Pedro Pauleta, José Couceiro, Pedro Dias, Mónica Jorge e Rui Manhoso.
Além do antigo internacional, também José Alberto da Costa Ferreira, que presidia à associação de Viseu, surge no elenco diretivo, do qual se registam as saídas de Carlos Coutada, Elísio Carneiro, que transita para o Conselho Fiscal, e Júlio Vieira, assim como de Hermínio Loureiro, que deixou a FPF na sequência da acusação do Ministério Público na operação 'Ajuste Secreto', e que foi 'substituído' por Couceiro.
Cláudia Santos é a cabeça de lista para o Conselho de Disciplina (CD), para suceder a José Manuel Meirim, Luís Verde de Sousa vai liderar o Conselho de Justiça (CJ), enquanto José Fontelas Gomes, Ernesto Ferreira da Silva e José Luís Arnaut se mantêm como líderes dos restantes órgãos, casos de Conselho de Arbitragem (CA), Conselho Fiscal (CF) e Mesa da Assembleia-Geral (MAG), respetivamente.
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