O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, destacou hoje a capacidade de “aproveitamento de talento” que permite ao futebol português contar com um número tão elevado de praticantes em quantidade e qualidade.
O responsável máximo pela FPF pronunciou-se sobre o futuro do desporto em Portugal no fórum Football Talks, organizado pela instituição que preside na Cidade do Futebol, em Oeiras, no debate ‘O Desporto Português em 2030’, assinalando que “em Portugal mais de um milhão de pessoas pratica futebol de forma regular,” situação que pretende continuar a fomentar.
Fernando Gomes citou inclusivamente alguns exemplos de atletas de valor reconhecido que não são oriundos de grandes centros, como Lisboa ou Porto: “Se não houvesse um aproveitamento de talento, nós não teríamos Trincão que é de Viana do Castelo, Pizzi que é de Bragança, João Félix que é de Viseu, não teríamos Cristiano Ronaldo, que era do Andorinha na Madeira, não tínhamos Rui Patrício que é de Leiria, não tínhamos Gonçalo Ramos que é do Algarve...”, elencou.
O presidente da FPF mostrou-se satisfeito pelo papel de inclusão de todas as regiões para o sustento em qualidade do futebol em Portugal, enquanto o presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino, transmitiu uma ideia de desenvolvimento para o futuro, deixando o desejo de um desporto em Portugal “mais desenvolvido” e com “uma base mais alargada de praticantes”.
“Há um défice de potenciar as capacidades e estruturas no sentido de as políticas desportivas poderem ter um sucesso maior do que o que têm”, identificou o responsável máximo pelo desporto olímpico em Portugal, ao lado dos autarcas de Lisboa e Oeiras, que se pronunciaram sobre o futuro do desporto no país na próxima década.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, considerou importante transportar a tecnologia existente nos grandes centros para outros locais que dela necessitam: “Não conseguimos que a tecnologia e a inovação sejam democratizadas para todos e essa democratização da tecnologia a nível empresarial tem também de acontecer a nível do desporto”.
Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, enalteceu a importância de equipamentos como a Faculdade de Motricidade Humana, sita no município a que preside.
O autarca de Oeiras lembrou que “muitos agentes desportivos e vereadores da Câmara de Oeiras nas áreas de Desporto foram formados na Faculdade de Motricidade Humana”, destacando a instituição como um exemplo de formação e certificação de qualidade no desporto em Portugal.
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