A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) alcançou um resultado líquido de 3,6 milhões de euros (ME) na época 2018/19, quase quatro vezes acima do previsto, de acordo com o Relatório e Contas a que a Lusa teve hoje acesso.
O documento, que vai ser discutido e votado na Assembleia Geral (AG) do organismo, em 19 de outubro, detalha receitas de cerca de 84 ME e gastos de aproximadamente 79 ME, valores igualmente acima do projetado, de 70,7 e 69,8 nestas rubricas, respetivamente.
O resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos é de 5,5 ME, concretizando-se num balanço líquido positivo de 3,611 ME, praticamente metade do registado na época anterior (7,056 ME), quando a FPF alcançou o maior lucro de sempre.
Em 2018/19, a FPF arrecadou 12,3 ME com a vitória na Liga das Nações, um valor ligeiramente abaixo do amealhado com a chegada aos oitavos de final do Mundial2018 (12,6 ME), contabilizando no exercício anterior, que contava ainda com os prémios das meias-finais e da final do Euro2016 (4,4 ME).
“Este resultado deve-se a diversos fatores, entre os quais um acompanhamento constante do orçamento, os resultados da participação da seleção AA na Liga das Nações, um crescimento das receitas das apostas desportivas, e também um aumento nos valores gerais dos contratos da FPF, resultante do novo modelo de negociação direta adotado”, lê-se no relatório de atividades do organismo.
Entre as despesas, destacam-se os montantes empenhados nas seleções (cerca de 16 ME), dos quais mais de metade na seleção principal, assim como as rubricas de competições nacionais e regionais (16 ME) e os gastos com pessoal (10,2 ME).
Na AG marcada para 19 de outubro, na Cidade do Futebol, em Oeiras, a direção da FPF vai propor a afetação do resultado positivo ao futebol não profissional (1,5 ME), qualificação de treinadores (um milhão), reforço da atividade das seleções (500 mil euros), melhoria do sistema tecnológico de apoio ao videoárbitro (500 mil euros) e o remanescente (111 mil euros) para o reforço dos fundos patrimoniais.
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