O treinador português Luís Boa Morte foi ontem apresentado oficialmente como novo selecionador de futebol da Guiné-Bissau, prometendo “trabalho e compromisso” para entrar em campo “sempre com a ideia de ganhar” os jogos.
A apresentação de Boa Morte foi feita pelo ministro guineense do Desporto, Augusto Mendes, e pelo presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), Carlos Mendes Teixeira.
O antigo internacional português mereceu palmas dos presentes na sala de conferências do Estádio Nacional 24 de setembro, em Bissau, onde, entre outros objetivos, anunciou que a sua principal missão “será sempre qualificar a Guiné-Bissau para a próxima CAN” (Taça das Nações Africanas).
“Temos de ver isso como algo que passa a ser natural, após quatro participações consecutivas na prova”, observou Boa Morte, garantindo que a Guiné-Bissau vai entrar sempre com a vontade de ganhar, mas com a noção de que “nem sempre será possível ganhar”.
O novo selecionador, que substituiu o guineense Baciro Candé, aproveitou para anunciar que “nunca” contará com jogadores que não estejam inteiramente comprometidos com a Guiné-Bissau.
“Queremos cá jogadores a 100% com a vontade de representar a Guiné-Bissau, não aqueles que tenham a cabeça na seleção de Portugal, da França ou do Senegal. Não queremos cá jogadores a meio gás”, afirmou.
O ministro do Desporto guineense, Augusto Gomes, pediu ao novo selecionador que ajude a subir a seleção “mais uns degraus”, o que, disse, passará por fazer os ‘djurtus’ passar pela primeira vez a fase de grupos da CAN.
Em quatro participações consecutivas, a Guiné-Bissau nunca passou a fase de grupos desta competição.
O presidente da FFGB, Carlos Mendes Teixeira, deu as boas-vindas ao novo selecionador, que disse estar em casa, por ser um lusófono e alguém que fala a mesma língua que os guineenses.
Teixeira notou que não existe nenhuma pressão sobre Luís Boa Morte, para quem pediu tempo para que possa impor as suas ideias na seleção e ainda ajude a potenciar o futebol local, através de formação de técnicos.
“Temos de dar tempo ao novo selecionador, ajudá-lo no que for necessário. Luís Boa Morte não é nenhum milagreiro”, vincou o presidente da federação guineense.
A Guiné-Bissau joga, em jornada dupla, a 06 e 10 de junho, a terceira e quarta jornadas do Grupo A da zona africana de apuramento para o Mundial 2026, defrontando a Etiópia e o Egito, respetivamente, no Estádio Nacional 24 de setembro, em Bissau.
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