O antigo futebolista internacional português Luís Figo criticou hoje a “ganância” dos 12 clubes que anunciaram domingo querer formar uma Superliga europeia, uma competição que “não tem nada de super”.
“Esta medida gananciosa e insensível traria o desastre para o futebol de formação e desenvolvimento, para o futebol feminino, e para a comunidade futebolística no geral”, escreveu o antigo futebolista na rede social Twitter.
Figo, que jogou em três dos 12 clubes proponentes, o Inter de Milão, o Real Madrid e o FC Barcelona, descreve o torneio como algo que serve “apenas donos interessados em si mesmos, que pararam de pensar nos adeptos há muito, com total desrespeito pelo mérito desportivo”.
O antigo avançado usou ainda a palavra “trágico” para descrever a situação, antes de partilhar uma fotografia com uma tarja da UEFA que diz: “Nós queremos saber de futebol”.
No domingo, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham, treinado pelo português José Mourinho, “uniram-se na qualidade de clubes fundadores” da Superliga, indica um comunicado enviado à AFP.
“A época inaugural (...) iniciar-se-á o mais brevemente possível”, informam os subscritores do comunicado, sem precisar qualquer data, adiantando que a nova competição pretende “gerar recursos suplementares para toda a pirâmide do futebol”.
Os promotores da Superliga adiantam que a prova será disputada por 20 clubes, pois, aos 15 fundadores – apesar de terem sido anunciados apenas 12 -, juntar-se-ão mais cinco clubes, qualificados anualmente, com base no desempenho da época anterior.
A época arrancará em agosto, com dois grupos de 10 equipas e os jogos, em casa e fora, serão realizados a meio da semana, mas todos os clubes participantes continuarão a disputar as respetivas ligas nacionais.
O comunicado dos 12 clubes surge no mesmo dia em que a UEFA reafirmou que excluirá os clubes que integrem uma eventual Superliga europeia de futebol, e que tomará “todas as medidas necessárias, a nível judicial e desportivo” para inviabilizar a criação de um “projeto cínico”.
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