Rui Pinto nega ter tido acessos ilegítimos a qualquer sistema de informação para obter informações confidenciais. De acordo com a revista 'Sábado', quando interrogado pela juíza Maria Antónia de Andrade, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa sobre os acessos ilegais aos sistemas informáticos do fundo Doyen e do Sporting, o pirata informático negou tudo.
Diz a revista 'Sábado' que Rui Pinto admitiu a sua participação no site 'Football Leaks', não de forma individual mas incluído num "colectivo de pessoas".
"Não tive nenhuma intromissão em sistemas nacionais e internacionais. O site não divulgava apenas informações confidenciais. Os documentos eram obtidos através de fontes. Que eu tenha conhecimento não existiram acessos ilegítimos", referiu Rui Pinto no interrogatório, citado pela revista 'Sábado', explicando depois que as informações publicadas no 'Football Leaks', foram-lhe "parar às mãos, através de fontes"
Sobre a acusação de extorsão à Doyen, Rui Pinto disse que contactou o CEO da empresa, Nélio Lucas, mas não com intenção de lhe extorquir dinheiro, mas mas sim "de o encostar à parede" sobre alguns negócios que o pirata informático considerava ilícitos.
Rui Pinto estava em prisão preventiva desde 22 de março e teria de ser libertado no próximo domingo se não fosse acusado pelo Ministério Público. Agora, deverá continuar em prisão preventiva enquanto durar a fase de instrução, se esta for pedida por alguma das partes, e o julgamento, se for essa a decisão do juiz de instrução.
O Ministério Público acusa o pirata informático de 147 crimes: 63 de violação de correspondência, 75 de acesso ilegítimo, um na forma agravada, um de extorsão na forma tentada, um de sabotagem informática e sete de violação de correspondência na forma agravada. Já o advogado Aníbal Pinto é acusado de um crime de tentativa de extorsão e mantém como medida de coação o Termo de Identidade e Residência.
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