O Darmstadt anunciou esta quarta-feira que rescindiu contrato com Anis Ben-Hatira, jogador alemão de origem tunisina, devido a sua ligação com uma organização humanitária islâmica. O jogador que é internacional pela Tunísia, trabalha com a organização humanitária Ansaar International. De acordo com a AFP, a organização está sob vigilância pelos serviços secretos alemães devido a sua ligação à comunidade ortodoxa islâmica salafista.
"O Darmstadt SV 98 entende que o trabalho humanitário de Ben-Hatira na organização não é correto. Depois de analisar toda a situação, entendemos que não faz qualquer sentido continuarmos a trabalhar juntos. O Darmstadt 98 deseja a Ben-Hatira, que sempre se portou de forma impecável com o clube, o melhor na sua carreira desportiva", disse Ruediger Fritsch, presidente do clube, citado pela AFP.
O despedimento do jogador 28 anos é consequência do desagrado dos adeptos que, antes do empate de sábado com o Borussia Moenchengladbach, distribuíram panfletos a pedirem ao tunisino para deixar a Ansaar.
O médio já veio a público defender-se das acusações. Na rede social facebook, Ben-Hatira explicou o seu envolvimento com a organização Ansaar.
"Todos os que olham para o meu currículo e para os meus compromissos rapidamente irão perceber que eu sou do tipo de pessoa que se gosta de se envolver em questões sociais e que gosta de lutar pela igualdade de tratamento entre pessoas diferentes, quer seja pela cor da sua pele, etnia ou fé. Sou conhecido como alguém que não se deixa manipular. Vou continuar a tentar ajudar as pessoas através da minha fundação (Anis Ben-Hatira Foundation). Penso que o escândalo maior é que existe uma campanha para sabotar a minha carreira desportiva na Alemanha", completou. ´
Ben-Hatira mudou-se em agosto para o Darmstadt, depois de ter representado o Eintracht Frankfurt.
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