Os futebolistas dos alemães do Borussia Dortmund, no qual alinha o português Raphaël Guerreiro, ajoelharam-se hoje no centro de treinos em protesto contra o racismo, seguindo o exemplo de outros clubes, como Liverpool, Chelsea ou PSV.
A imagem do plantel reunido em forma de coração no relvado foi partilhada nas redes sociais por alguns jogadores do atual segundo classificado da Liga alemã, face à morte do afro-americano George Floyd, após um polícia lhe pressionar o pescoço.
"Apoiamos o movimento Black Lives Matter [vidas negras importam]. Não aceitamos qualquer forma de racismo. Por um mundo aberto e tolerante. Por um mundo melhor!", escreveu o defesa central Mats Hummels, na sua página do Twitter.
O gesto tornou-se popular quando em 2016 o futebolista da NFL (futebol americano) Colin Kaepernick decidiu ajoelhar-se antes de cada jogo, em protesto contra a desigualdade e brutalidade racial existente.
No encontro da última jornada da ‘Bundesliga’, diante do Paderborn, também dois jogadores do Dortmund, Jadon Sancho e Achraf Hakimi, exibiram camisolas pedindo "Justiça para George Floyd".
Nos últimos dias, no Twitter, os futebolistas António Rudiger, Kepa Arrizabalaga e César Azpilicueta publicaram uma fotografia do treino do Chelsea, com todos os jogadores ajoelhados em duas filas, intervaladas por mais jogadores.
Já o PSV, na mesma rede social, substituiu o seu símbolo por uma imagem de cor preta e divulgou a fotografia do plantel com um joelho pousado na relva, no círculo central, tal como o campeão europeu Liverpool, mas no relvado de Anfield Road.
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.
Pelo menos quatro mil pessoas foram detidas e o recolher obrigatório foi imposto em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque, mas diversos comentários do Presidente norte-americano, Donald Trump, contra os manifestantes têm intensificado os protestos.
Os quatro polícias envolvidos foram despedidos. O agente Derek Chauvin, que pressionou o pescoço de Floyd com o joelho, é acusado de homicídio em segundo grau, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão, e os restantes vão responder por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário.
A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.
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