O futebolista costa-marfinense Sébastien Haller, do Borussia Dortmund, há meio ano ausente da competição devido a cancro, está “recuperado” e espera poder jogar no reatamento da competição na Alemanha, daqui a duas semanas.

“Estou bem. Foram seis meses difíceis, mas estou feliz por estar aqui com os meus companheiros. Tudo é possível. Não tenho qualquer limitação na minha cabeça. As únicas pessoas que me podem restringir são a equipa médica e o treinador. Vou fazer o meu melhor para poder jogar no dia 22”, disse, aos meios do clube, referindo-se ao regresso do campeonato germânico.

Em 18 de julho de 2022, o atleta viu ser-lhe diagnosticado um tumor maligno num testículo, não chegando a estrear-se pelo Borussia Dortmund que no verão pagou 30 milhões ao Ajax para garantir o avançado que foi substituir o norueguês Erling Haaland, que rumou ao Manchester City.

“[Estrear-me pelo Dortmund] Está na minha mente desde o primeiro dia. Estou ansioso para jogar no estádio diante do ‘muro amarelo’. Esse é o meu objetivo”, vincou.

Além de agradecer o apoio de familiares e amigos, o futebolista de 28 anos recordou a importância de ter falado com outros jogadores que passaram pelo mesmo problema, nomeadamente Timo Baumgartl, Marco Richter e Jean-Paul Boetius.

“Falámos muito sobre a terapia, a operação e o bem-estar mental. Isso foi muito importante. Eles também fizeram parte do processo de cura", assumiu o desportista.

Apesar de ter sido sujeito a duas intervenções cirúrgica e quimioterapia, o companheiro do português Raphaël Guerreiro revela que nunca pensou abandonar a carreira – “o meu regresso era apenas uma questão de tempo” –, mas admite que nos próximos tempos ele e a equipa médica vão estar ainda mais “atentos a todos os dados” da sua condição de saúde.

Este retorno ao trabalho, num estágio em Marbella, Espanha, encerra “a melhor sensação que se pode ter”: “Quando temos esta doença, não sabemos como será o futuro. Só me conseguia focar no dia seguinte. Trabalhei muito para agora poder participar em tudo”.

O diretor desportivo do Dortmund, Sebastian Kehl, diz que o futebolista “precisa de tempo”, recordando que há uma “enorme diferença” entre correr e treinar, duas vezes por dia, de forma “muito mais intensiva” com uma equipa de futebol.

“Ele ainda não está pronto, mas, a longo prazo, ele vai oferecer uma alternativa ao nosso jogo. Faremos bem em ir devagar e dar-lhe tempo até que tenha redescoberto seu ritmo”, acrescentou o ‘capitão’ da equipa, Marco Reus.