O ministro do Desporto elegeu como prioridade máxima do Governo “combater e salvar vidas” nesta luta contra o novo coronavírus (COVID-19), reconhecendo que “as implicações são evidentes” e admite reprogramação da época desportiva “num ano atípico”.
Fernando Elísio Freire admitiu que o orçamento do desporto para este ano “já não serve” e que terá de ser refeito, assim como a toda a reprogramação financeira para os próximos tempos e o próprio Orçamento do Estado, asseverando que “ninguém fica para trás”, já que os salários dos quadros federativos pagos com verbas transferidas pelo Governo, “estão garantidos”.
Admitiu a possibilidade de formalizar ainda mais o desporto cabo-verdiano, a partir desta fase, à volta de toda a economia que o desporto gere, de modo a tornar-se mais fácil ter a possibilidade do acesso aos mecanismos de mitigação e ajuda “num momento difícil como este”.
Lembrou, em entrevista a RCV, que à semelhança de todas as grandes competições, as federações desportivas de Cabo Verde suspenderam todas as provas realizadas no País nas mais diversas modalidades após orientações do Governo, assim como o encerramento das escolas de formação, e cancelamento das competições de formação.
O governante aventou a possibilidade de as competições serem retomadas logo que autoridades sanitárias permitirem, sublinhando mesmo que não vai dar aval para o retomar de nenhuma competição, enquanto a situação da pandemia não estiver totalmente controlada pelas autoridades, “num ano atípico”.
“Todas as federações estão alinhadas no combate ao vírus para salvarmos vida. Isto é o mais importante neste momento, todas elas estão empenhadas e alinhadas. Agora vamos concentrar-nos no combate, ficar em casa, cumprir todas as regras e no final iremos tratar no desporto que é importante, com pessoas saudáveis”, enalteceu.
Fernando Elísio Freire foi claro em afirmar que a necessidade de posteriormente retomar as provas de formação, mas que a nível do sénior cabe esta decisão às federações, admitindo, entretanto, encontrar mecanismos para terminarem as respectivas épocas desportivas, através de legislação existente, se a situação permitir.
“O combate sem tréguas é o maior desafio das nossas vidas. Dar um combate sem tréguas deste vírus para depois ganhar este inimigo invisível e depois partirmos para outras soluções” reforçou a tutela do Desporto, convicto de que “se ganhar o vírus, esta guerra, as federações não hesitarão em terminar as competições”.
Revelou ter dado instruções no sentido de se utilizar todas a capacidade e recurso em termos de infra-estruturas e financeiras para a guerra contra o vírus, tendo aconselhado a todos a “ficarem em casa” e seguirem rigorosamente as orientações das instituições de saúde, como o maior “jogo da vida neste momento”, com trabalho de equipa.
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