O selecionador e a capitã da seleção espanhola de futebol feminino elogiaram hoje a evolução de Portugal, equipa que vão reencontrar no Euro2017, que se vai disputar na Holanda.
“Vejo a seleção portuguesa a evoluir muito no futebol feminino, a cada ano estão a conseguir êxitos. Penso que têm muito mérito, em especial pelo número reduzido de jogadoras federadas que têm, nos êxitos recentes que estão a ter. Estão a fazer um trabalho bem direcionado e bem feito”, disse Jorge Vilda, selecionador espanhol.
Depois de terem jogado na fase de qualificação, as duas equipas vão voltar a encontrar-se no Europeu, no qual estão integradas no grupo D, juntamente com a Escócia e a Inglaterra.
Na conferência de imprensa de antevisão da final da Algarve Cup, na qual a Espanha vai defrontar o Canadá, Verónica Boquete lembrou a evolução espanhola nos últimos anos e comparou-a com Portugal.
“Nós, nos últimos anos, temos tido um desenvolvimento muito grande e vemos a mesma evolução portuguesa. Temos um estilo de jogo parecido, gostamos de ter a bola, temos jogadoras técnicas. A seleção portuguesa vai ser um rival forte no Europeu. Agora temos esta final que nos vai ajudar a prepararmo-nos para o torneio a Holanda”, afirmou.
Na segunda-feira, Portugal empatou a zero com o Canadá, na última jornada da fase de grupos, mas o selecionador do conjunto norte-americano, John Herdman, garantiu não ter ficado surpreendido com a ‘equipa das quinas’.
“Portugal já tinha conseguido em edições anteriores da Algarve Cup boas prestações contra equipas fortes. Acho que ficámos mais surpreendidos com os seus resultados nos dois primeiros jogos [derrotas com Rússia, por 1-0, e Dinamarca, por 6-0], porque sabíamos que eram melhores do que aquilo”, afirmou.
O treinador britânico lembrou que Portugal era “uma equipa ‘ferida’”, elogiando o “bom trabalho” luso e “a boa exibição defensiva”.
“Deram tudo para manter a bola fora da sua baliza e quase nos marcaram nos últimos minutos num contra-ataque. Tiro-lhes o chapéu. Se for esse o seu espírito, vão estar bem no Europeu”, considerou.
A futebolista canadiana Sophie Schmidt assumiu que as portuguesas “deram muita luta”, embora que considere que, sobretudo na primeira parte, a sua equipa sentiu “dificuldade para impor o ritmo” e ser perigosa.
“Na segunda parte, penso que lutámos para conseguir o triunfo, como era o nosso desejo e penso que a guarda-redes [Patrícia Morais] teve o jogo da vida dela para nos impedir de marcar. Foi um jogo de duas partes, pressionámos muito no final, mas não era um dia para marcarmos. Mas Portugal deu uma boa luta”, disse.
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