O Boca Juniors afastou na quarta-feira o Palmeiras, ao empatar 2-2 em São Paulo, marcando encontro com o River Plate na final da Taça dos Libertadores em futebol, a primeira 100% argentina em quase 60 anos de história.
Depois do triunfo por 2-0 no La Bombonera, na primeira mão das meias-finais, graças a um ‘bis’ de Dario Benedetto (83 e 88 minutos), o conjunto de Guillermo Barros Schelotto, ausente do banco por castigo, marcou bem cedo no Brasil.
Aos 18 minutos, Leonardo Jara lançou o colombiano Sebastian Villa, que, sobre a direita, centrou para a entrada da pequena área, onde, mais rápido, apareceu o possante Ramón Ábila a encostar, perante o impotente Weverton.
O golo do Boca decidiu, praticamente, a eliminatória, já que o Palmeiras, de Luiz Felipe Scolari, ficou a precisar de quatro golos para chegar à sua quarta final e primeira desde 2000.
O Palmeiras, que tinha marcado aos 10 minutos, num lance anulado pelo VAR, por fora de jogo de Deyverson, ex-Benfica B e Belenenses, acusou o tento e, até ao intervalo, só assustou num cabeceamento muito pouco ao lado de Bruno Henrique.
Na segunda parte, o ‘verdão’, perto de conquistar o título brasileiro, ainda sonhou, com tentos dos centrais Luan, aos 53 minutos, após um livre, e Gustavo Gómez, aos 61, de penálti, mas Benedetto voltou a ‘atacar’.
Entrado aos 62 minutos, para o lugar de Ábila, o internacional argentino sentenciou, em definitivo, a eliminatória, com o seu terceiro golo nas meias-finais, aos 70, com um remate rasteiro, de fora da área, ao ângulo inferior direito.
Na parte final, o ‘onze’ de Scolari, vencedor da prova em 1995 (Grêmio) e 1999 (Palmeiras), ainda tentou chegar, pelo menos, ao triunfo no jogo, mas a melhor ocasião foi dos argentinos, num livre direto ao ‘ferro’ do suplente Mauro Zarate.
O Boca Juniors conseguiu, assim, o apuramento para a sua 11.ª final da Taça Libertadores, na qual vai tentar o sétimo título, depois dos conseguidos em 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007, e igualar o recordista Independiente (último em 1984).
Para o conseguir, o ‘onze’ de Schelotto vai ter de derrotar os rivais e compatriotas do River Plate, na 35.ª final, em 59 edições, com equipas argentinas, mas a primeira só com equipas ‘albi-celestes’, repetindo o feito do Brasil (2005 e 2006).
Os ‘milionários’, que afastaram os brasileiros do Grêmio (0-1 em casa e 2-1 fora), já venceram a prova em 1986, 1996 e 2015 e procuram, assim, o quarto cetro, de forma a igualarem os compatriotas do Estudiantes no quarto posto do ‘ranking’.
A final da edição 2018 da Taça Libertadores, disputada a duas mãos, está marcada para os dias 07 e 28 de novembro, sendo que a Argentina já garantiu o 25.º troféu, fugindo ainda mais a Brasil (18) e Uruguai (oito).
Comentários