O Botafogo, de Artur Jorge, e o Atlético Mineiro vão decidir no sábado, no Monumental Núñez, em Buenos Aires, quem sela a sexta vitória consecutiva do Brasil na Taça Libertadores em futebol, na final da 65.ª edição.
Depois do triunfo de 2018 do River Plate, num duelo 100% argentino com o Boca Juniors, inusitadamente decidido em Madrid, a principal prova sul-americana só teve vencedores ‘canarinhos’, num domínio que contrasta com o ‘declínio’ da seleção brasileira.
O Flamengo, de Jorge Jesus, em 2019, e o Palmeiras, de Abel Ferreira, em 2020 e 2021, iniciaram o ciclo, que prosseguiu como novo triunfo do ‘Fla’, em 2022, e o primeiro título do Fluminense, em 2023.
Em 2024, na quarta final em cinco anos só com equipas ‘canarinhas’, o Brasil já garantiu o 24.º troféu, para ficar a apenas um dos 25 da Argentina, no que será a primeira final do Botafogo e a segunda do Atlético Mineiro, que, em 2013, venceu, nos penáltis, o duelo decisivo com os paraguaios do Olimpia.
A quatro dias da final, o Botafogo recebeu grande injeção de moral, ao vencer fora o bicampeão em título Palmeiras por 3-1 e regressar, agora isolado, ao comando do Brasileirão, ficando a quatro pontos do cetro, a duas rondas do fim.
Por seu lado, o Atlético Mineiro, que nunca esteve na luta pelo título e segue, em 10.º, com menos 29 pontos do que o Botafogo, segue num ciclo de 10 jogos sem ganhar, incluindo o desaire por 1-0 face ao Flamengo na final da ‘Copa’ do Brasil.
No campeonato, as duas equipas empataram recentemente, a zero, em 20 de novembro, em Belo Horizonte, depois de, na primeira volta, em 07 de julho, o Botafogo ter vencido em casa por 3-0, com tentos de Luiz Henrique, Cuiabano e Savarino.
Para chegar à final, o conjunto do Rio de Janeiro teve de disputar mais quatro jogos do que o Atlético Mineiro, já que começou na qualificação, na qual bateu os bolivianos do Aurora e os compatriotas do Bragantino, de Pedro Caixinha.
Estas duas eliminatórias aconteceram antes da chegada de Artur Jorge, com Tiago Nunes a perder o lugar após empatar 1-1 na Bolívia, na primeira mão das meias-finais da qualificação, e Fábio Matias a suceder-lhe, interinamente, para golear em casa o Aurora (6-0) e superar o Bragantino (2-1 em casa e 1-1 fora).
Com o técnico luso, o Botafogo começou muito mal a fase de grupos, com dois desaires, mas, depois, somou três vitórias consecutivas e fechou com um empate, para ser segundo do Grupo D, três pontos à frente do terceiro, a Liga de Quito.
Seguiram-se, a eliminar, mais dois confrontos com equipas brasileiras, o Palmeiras, de Abel Ferreira, batido por 4-3 (2-1 em casa e 2-2 fora), nos ‘oitavos, e o São Paulo, superado nos penáltis, por 5-4 (após 0-0 em casa e 1-1 fora).
Depois de tantas dificuldades, as ‘meias’ foram um ‘passeio’, já que ‘fogão’ arrasou o Penãrol logo na primeira mão, com uma ‘manita’ (5-0), para, depois, rumar tranquilo ao Uruguai, onde selou o apuramento para a final com um desaire por 3-1.
Quanto ao Atlético Mineiro, começou na fase de grupos, que ultrapassou sem dificuldades, ao vencer destacado o Grupo D, com cinco vitórias e uma derrota, no reduto do Peñarol, que foi segundo, a três pontos, com o Rosario em terceiro, a oito.
A eliminar, o conjunto ‘canarinho’ começou por derrubar os argentinos do San Lorenzo (1-1 fora e 1-0 em casa), para depois afastar os ainda campeões em título do Fluminense, com um desaire por 1-0 no Maracanã e um triunfo caseiro por 2-0.
Deyverson selou o ‘bis’ que afastou o ‘Flu’ e, nas meias-finais, voltou a ser determinante, com novo ‘bis’ ao River Plate, num 3-0 caseiro que ‘escancarou’ a final, selada, no palco da final, com um empate sem golos.
Em Portugal, Deyverson passou por Benfica B e Belenenses, sendo que o Atlético Mineiro tem mais jogadores que já alinharam no campeonato luso, nomeadamente Hulk (ex-FC Porto), Alan Kardec (ex-Benfica) e Rodrigo Battaglia (ex-Sporting de Braga, Moreirense, Desportivo de Chaves e Sporting).
O Botafogo também vários jogadores com ligações lusas, nomeadamente Tiquinho Soares (ex-Nacional, Vitória de Guimarães e FC Porto), Alex Telles (ex-FC Porto), Danilo Barbosa (ex-Sporting de Braga e Benfica), Carlos Eduardo (ex-Estoril Praia e FC Porto) e Marçal (ex-Torreense, Nacional e Benfica).
O encontro entre o Botafogo, de Artur Jorge, e o Atlético Mineiro, da final da 65.ª edição da Taça Libertadores em futebol, está marcado para sábado, no Estádio Monumental Núñez, em Buenos Aires, a partir das 20:00 (em Lisboa).
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