As autoridades italianas proibiram hoje 171 adeptos da Juventus de aceder a recintos desportivos, em virtude de cânticos racistas contra o futebolista belga Romelu Lukaku, do Inter Milão, na Taça de Itália.
Os cânticos aconteceram no jogo de 04 de abril, quando Lukaku se preparava para marcar o penálti que resultou no empate 1-1, bem como durante os seus posteriores festejos, que desencadearem confusão entre os jogadores nos bancos de suplentes, da qual resultaram vários expulsos, entre eles o próprio belga.
Os adeptos agora punidos foram identificados através de gravações vídeo e áudio, que poderão ajudar a encontrar outros cerca de 80 prevaricadores.
As autoridades não especificaram o tempo de proibição de ingresso a instalações desportivas das pessoas que foram igualmente multadas financeiramente.
A investigação da Direção de Operações Especiais detetou igualmente cânticos ofensivos da claque do Inter em relação aos adeptos da Juventus, nomeadamente ao cantar “Liverpool, Liverpool”.
Estes cânticos referiam-se à tragédia de Heysel Park na final da Taça dos Campeões Europeus de 1985, na qual uma avalancha de pessoas resultou em 39 mortes por esmagamento, 32 dos quais adeptos afetos à ‘vecchia signora’.
Entretanto, e de “forma excecional e extraordinária”, a federação italiana despenalizou Romelu Lukaku do segundo cartão amarelo no desafio da Taça, pelo que poderá jogar na segunda ‘mão’ na quarta-feira, apesar do Tribunal de Apelo ter negado o recurso do Inter em primeira instância.
“O princípio da luta contra todas as formas de racismo é um elemento fundamental da ordem desportiva”, justificou o organismo.
O indulto surge numa semana particularmente turbulenta na discussão dos incidentes desse encontro, pois o Tribunal de Justiça que negou provimento ao recurso de Lukaku foi o mesmo que acolheu o apresentado pela Juventus pela sanção recebida para fechar o setor autor dos insultos racistas em causa.
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