A Seleção portuguesa reforçou hoje o segundo lugar do Grupo B de apuramento para o Euro2020, que vale um lugar na fase final, ao bater o Luxemburgo por 3-0, no Estádio José Alvalade, terreno onde já não vencia há 12 anos.
Bernardo Silva, aos 16 minutos, e Cristiano Ronaldo, aos 65, e Gonçalo Guedes, aos 89, marcaram os tentos da formação das quinas, que soma 11 pontos (cinco jogos), contra 16 da líder Ucrânia (seis), que bateu em casa a Lituânia por 2-0, e sete da Sérvia (cinco), terceira.
Fernando Santos operou quatro alterações no onze relativamente ao triunfo na Lituânia, com destaque para o regresso de João Moutinho, dada a ausência de William Carvalho, por lesão. Já Nélson Semedo, Pepe e Danilo renderam Cancelo, José Fonte, e Rúben Neves.
Cristiano Ronaldo deixou o primeiro aviso de longe, aos 3 minutos, mas o remate foi para a bancada. Aos 13’ o capitão serviu João Félix à entrada da área, mas o jovem atirou fraco e sem perigo para Anthony Moris.
Logo a seguir, o avançado do Atlético Madrid voltou a ter nos pés o 1-0, após excelente passe de Bernardo Silva. O ex-Benfica rematou cruzado, com a bola a sair a centímetros do poste.
Portugal tinha entrado bem no jogo, o que dava a entender que era só uma questão de tempo até o golo aparecer. Dito e feito.
Aos 16’, Bruno Fernandes lançou Semedo no lado direito da área, com o lateral a chegar primeiro que a defesa adversária à bola, Moris tentou a mancha, mas a bola sobrou para Bernardo Silva que só teve de dominar e atirar para o fundo da baliza. Quinto golo do criativo em 40 jogos pela Seleção e mais uma prova da influência do jogador do Manchester City na equipa.
Portugal chegava com justiça à vantagem, mas mal se viu a vencer, o ritmo de jogo caiu bastante. Deu até para o Luxemburgo criar algum perigo, através de Vincent Thill. Aos 27’ o médio sentou Rúben Dias e atirou à malha lateral, e aos 34’ rematou à figura de Rui Patrício.
Fernando Santos exasperava e pedia mais intensidade à equipa, mas a verdade é que, até ao intervalo, Portugal fez muito pouco para dilatar a vantagem sobre os luxemburgueses.
Fez bem o descanso aos campeões europeus. Aos 50 minutos, Bruno Fernandes obrigou Moris a uma defesa a dois tempos, e depois foi a vez de Ronaldo tentar a sorte de bicicleta. Depois de reclamar uma grande penalidade (52’) num lance dividido com Sinami, o jogador da Juventus voltou a assustar com um remate cruzado (59’), que o guardião luxemburguês afastou para canto.
O capitão acabaria por chegar ao 699.º golo da carreira pouco tempo depois, numa jogada de grande classe: tirou a bola a Chanot, e depois, vendo que Moris estava adiantado, aproveitou para picar a bola, chegando assim ao 2-0.
O Luxemburgo ainda tentou reduzir por Vincent Thil, mas acabou por acusar o segundo golo, e foi já com as substituições esgotadas (e após algum desperdício) que a equipa das quinas chegou ao 3-0. Na sequência de um canto batido por Rúben Neves, Gonçalo Guedes (89') recebeu com espaço após um ressalto na área do Luxemburgo e rematou cruzado para o fundo da baliza.
Portugal, o detentor do título, pode garantir na segunda-feira o apuramento para a sua oitava fase final de um Europeu e sétima consecutiva, desde 1996, caso vença na Ucrânia e a Sérvia não triunfe na Lituânia.
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