O primeiro-ministro albanês Edi Rama está decidido em manter a visita oficial a Belgrado programada para a semana, apesar dos incidentes que implicaram a suspensão na terça-feira do jogo de futebol Sérvia-Albânia, indicou hoje fonte oficial em Tirana.
A interrupção do encontro – motivado por incidentes no relvado após um ‘drone’ com uma bandeira da “Grande Albânia” ter sobrevoado o estádio quase no final da primeira parte – suscitou dúvidas sobre a manutenção desta primeira visita de um chefe de governo albanês à capital da Sérvia em 68 anos.
“Rama confirmou que está decidido a deslocar-se a Belgrado”, disse hoje o primeiro-ministro adjunto albanês, Niko Peleshi.
A posição das autoridades albanesas sobre esta visita “permanece a mesma apesar da deceção que causaram os incidentes [de terça-feira] e da reação dos responsáveis sérvios”, precisou o mesmo responsável.
“Esta visita é do interesse dos nossos dois países, mais cabe à parte sérvia confirmar o seu compromisso e garantir a sua vontade para que decorra de forma positiva”, acrescentou Peleshi.
A interrupção definitiva deste encontro de qualificação para o Euro2016 em futebol evoluiu na quarta-feira para uma crise política, com Belgrado e Tirana, dois países vizinhos que mantêm uma tradicional animosidade nesta região dos Balcãs, terem exigido em simultâneo uma “condenação” pelo incidente.
Os responsáveis sérvios denunciarem uma “provocação política” após um ‘drone’ no qual estava suspenso um mapa da “Grande Albânia”, um projeto nacionalista que pretende a unificação no mesmo Estado de todas as comunidades albanesas nos Balcãs, ter sobrevoado durante alguns minutos o recinto.
A visita de Rama a Belgrado foi possível após os progressos nas relações entre a Sérvia e o Kosovo, a antiga província sérvia de maioria albanesa que proclamou unilateralmente a independência em fevereiro de 2008.
Em março de 2013, sob mediação da União Europeia, foi concluído em Bruxelas um acordo sobre a normalização das relações entre as duas capitais.
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