O selecionador nacional de sub-21, Rui Jorge, afirmou que a chamada do futebolista Pedro Gonçalves à equipa ‘AA’ de Portugal abre uma porta para Romário Baró, que é um “jogador requintado em termos técnicos”.
Rui Jorge, que falava em conferência de imprensa após a divulgação dos 23 jogadores convocados para o campeonato da Europa de sub-21, não se mostrou preocupado com a chamada do melhor marcador da I Liga para a seleção principal.
“É uma fase final de sub-21 e, para mim, é muito importante ter bons resultados. Sei que se tiver os melhores jogadores vou estar mais próximo de os conseguir. O Pedro Gonçalves foi muito importante nos últimos três jogos. A seleção sub-21 é mais do que resultados e o selecionador tem de estar preparado isso. Não se trata de ajudar os sub-21, ou não, mas fazer com que os jogadores estejam num patamar em que podem ser chamados para a equipa principal se o selecionador o assim entender”, disse.
Rui Jorge vai mais longe e relembrou que neste capítulo, nas últimas 29 convocatórias viu, em 27, jogadores do escalão de sub-21 serem convocados para a seleção ‘AA’.
“Se eles lá estão é porque são jogadores de qualidade”, frisou.
A chamada de Romário Baró e a mais do que provável incursão no onze inicial é para Rui Jorge uma forma de encontrar equilíbrio na equipa e espera que o atacante do FC Porto assuma o papel de Pedro Gonçalves.
“Tentei, dentro das alterações, ir buscar um bocadinho do que o Pedro Gonçalves nos estava a dar. No Romário Baró fui um bocadinho à procura disso. A segurança de jogo que nos dá, a capacidade de segurar a bola sem a perder para o adversário e o facto de ser um jogador requintado em termos técnicos”, adiantou.
Destaque também para os regressos de Jota e Rafael Leão, ausentes, por lesão, da última convocatória.
“São jogadores que fizeram todo o percurso connosco. Lesionaram-se, e na convocatória passada estiveram o João Mário e o Filipe Soares, que estiveram bem, deram tudo o que nós queríamos e custa deixar jogadores de fora quando tiveram um comportamento correto e bom, mas faz parte da tarefa do treinador”, realçou.
Líder do Grupo D, com nove pontos, resultantes de um ‘pleno’ de vitórias sobre Croácia (1-0), Inglaterra (2-0) e Suíça (3-0), entre 25 e 31 de março, Portugal regressa ao Estádio Stozice, na capital eslovena de Ljubljana, para defrontar a Itália, segunda da ‘poule’ B, com cinco pontos, dois abaixo da Espanha, em 31 de maio, às 21:00 (20:00 em Lisboa).
O vencedor do último jogo dos quartos de final vai medir forças com Espanha ou Croácia em 03 de junho, às 18:00 (17:00 em Lisboa), no Estádio Ljudski vrt, em Maribor, sendo que a final está prevista para 06 de junho, de novo em Ljubljana, às 21:00 (20:00 em Lisboa).
Finalista vencida em 1994 e 2015 e ausente da edição de 2019, a equipa das ‘quinas’ procura um inédito título à oitava presença na fase final de um Europeu de sub-21, que integra pela primeira vez 16 equipas e tem decorrido na Hungria e Eslovénia num formato desfasado, devido ao adiamento por um ano do Euro2020 devido à pandemia de covid-19.
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