Julian Nagelsmann, selecionador alemão, ficou visivelmente irritado na conferência de imprensa de antevisão ao duelo particular com a Ucrânia, após uma pergunta sobre o número de jogadores brancos na convocatória para o Europeu 2024.
A estação pública de televisão, ARD, fez um questionário sobre este tema, em que 21% dos alemães responderam que preferiam ter mais jogadores brancos na seleção, um fator que tem diminuído nos últimos tempos, também devido à globalização.
Ora, Nagelsmann não gostou nada da pergunta e fez questão de o demonstrar. “Por si só, a pergunta é uma loucura, ainda mais inserida num documentário exibido por uma estação pública. Fiquei chocado. Vamos representar o país no Campeonato da Europa e espero nunca mais ter de ler essas sondagens idiotas. Precisamos de acordar”, afirmou.
A questão está relacionada com um documentário exibido na ARD que ilustra a evolução da seleção germânica, que abordou a presença de jogadores nascidos noutros países, como é o caso de Jonathan Tah, do Leverkusen. Aliás, o primeiro jogador a nascer em África a conseguir a presença na 'Mannschaft', foi mesmo Gerald Asamoah, que participou no Mundial 2006.
Já o jogador do Bayern Munique, Joshua Kimmich, também ficou irritado com a pergunta, que considera não ter sentido. “Falaram-me dessa sondagem. Todos os jogadores sabem que isso é um absurdo. O futebol é um bom exemplo de como se pode unir diferentes nações, cores de pele e religiões. Isso é algo completamente racista; não há espaço para isso na seleção”, explicou.
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