O antigo internacional português admitiu que esperava mais de Seleção Nacional de Portugal nos dois jogos já realizados no Euro2016, e de Cristiano Ronaldo, o capitão da equipa das 'quinas' que em França tem estado muito apagado para o rendimento que costuma ter no seu clube.
Em declarações ao jornal Record, António Simões afirmou que 'é obrigatório vencer o próximo jogo' para garantir o primeiro lugar do grupo, e manifestou o desejo de ver Cristiano Ronaldo surgir em grande destaque frente à Hungria.
"É obrigatório vencer o próximo jogo. Porque nos dará o 1º lugar e pelo estímulo que uma vitória representa para os jogos seguintes. Espero que o Cristiano Ronaldo apareça. Um amigo disse-me que esperava um golo dele frente à Hungria e eu respondi-lhe que espero... três. Um pelo jogo da Islândia, outro pela Áustria e outro contra os húngaros", afirmou António Simões.
Depois de dois empates no Euro2016, Portugal tem de vencer o último jogo do grupo diante da Hungria para garantir a passagem à fase seguinte. Para António Simões, Portugal tem apresentado uma evolução desde o primeiro jogo com a Islândia, mas ainda assim é necessário muito mais.
"Será o grande desafio para os homens da confrontação. É aqui que vemos os verdadeiros jogadores", atirou António Simões sobre o jogo com a Hungria.
"A equipa esteve num ‘suficiente mais’ contra a Áustria, mas quem esteve atrás do jogo e da equipa foi o Cristiano Ronaldo. Quando ele é um ‘aluno de 19’", disse António Simões, que refusou ainda a ideia de que o número 7 da seleção nacional de Portugal pudesse estar cansado depois de uma época desgastante ao serviço do Real Madrid.
"O Cristiano Ronaldo é um jogador extraordinário, mas a sua relação é com ele, com a bola, com o jogo e só depois com a equipa. Todos os ‘reis’ do futebol, e não são muitos, perceberam que havia uma equipa", acrescentou António Simões.
Em relação às comparações com Eusébio, o 'magriço' recordou que, apesar de Cristiano Ronaldo ser o jogador com mais internacionalizações pela seleção portuguesa o seu registo ainda está muito longe do 'King'.
"Nos seus 128 jogos encontro uma meia dúzia em que foi fantástico, mas o Eusébio foi fabuloso em 80 por cento dos 64 jogos que fez pela Seleção. É certo que os tempos eram outros, mas o Eusébio não tinha tanto protagonismo, até pela sua personalidade.O Cristiano Ronaldo tem de ser líder no comportamento. Estive no Mundial de 2010, na África do Sul, e foi infeliz a forma como ele falou após a eliminação com a Espanha, com aquele ‘perguntem ao Carlos’. E ele já era o capitão da Seleção", sentenciou António Simões.
Comentários