A Itália já está nos quartos-de-final do Euro2016. A formação transalpina bateu a bicampeã Espanha por 2-0, em jogo disputado no Saint-Denis em Paris. Chiellini e Pellè fizeram os tentos dos italianos que tiveram sempre as melhores oportunidades. Só De Gea evitou males maiores. A Espanha, bicampeã europeia, foi uma sombra de si mesma. Nos quartos-de-final a Itália irá medir forças com a Alemanha, jogo marcado para o próximo sábado, em Bordéus.
Este jogo era a reedição da final do Euro2012, ganha pela Espanha por 4-0. Os transalpinos tentavam a vingança, num jogo que podia marcar o desempate entre as duas formações: antes deste encontro, havia dez vitórias para cada lado e 15 empates nos jogos entre as duas seleções. Ambas as equipas fizeram seis pontos na fase de grupos, com duas vitórias e uma derrota. Pior sorte teve a Espanha que, ao perder com a Croácia, ficou em segundo na sua poule e teve de defrontar a Itália numa fase precoce da prova.
Desenganou-se quem pensava que este ia ser um jogo de sentido único, com a Espanha a ter o domínio de bola e a Itália a defender com todos junto da sua área. Aliás, a surpresa esteve exatamente aí e a equipa de Vicente Del Bosque nunca se sentiu confortável com a forma como os transalpinos entraram no jogo, a trocar a bola, a sair em ataque organizado e travando a Espanha que, sem bola, não sabia o que fazer.
Nos primeiros 15 minutos só deu Itália: Pellè viu De Gea negar-lhe o golo aos nove minutos, aos 11 foi Giaccherini a rematar com De Gea a desviar para o poste, num pontapé acrobático.
A apática Espanha continuava desnorteada em campo, sem encontrar soluções para incomodar Buffon. Do outro lado, as soluções simples e práticas da Itália iam causando calafrios aos adeptos espanhóis presentes no Saint Dennis em Paris. Parolo atirou ao lado aos 25 minutos. Sergio Ramos quase fez autogolo aos 29.
De tanto ameaçar, lá surgiu o golo, tantas vezes adiado por De Gea. Éder marcou um livre em força à entrada da área, o guarda-redes espanhol defendeu para a frente onde aparece Chiellini a desviar com a canela para o fundo da baliza.
A fechar o primeiro tempo é De Gea quem vai evitar novo golo italiano, agora a remate de Parolo.
No segundo tempo a Itália passou a ter menos bola, menos iniciativa, organizando melhor na sua zona defensiva, dando o jogo aos espanhóis. A ideia era surpreender no contra-ataque, como mostrou Éder aos 55 minutos: ganhou na velocidade a Piquè, entrou na área e atirou fortíssimo, com De Gea, mais uma vez, a negar o golo.
Del Bosque, que já tinha refrescado o ataque com Lucas Vazquez e Aduriz, para os lugares de Morata e Nolito, continuava sem conseguir criar perigo. E quando conseguia, finalmente, passar pela defensiva transalpina, falhava o golo, como mostrou Morata (antes de sair) aos 50 e Aduriz aos 70. Depois entrou em cena Buffon, a mostrar classe em dois lances, negando o golo a Piquè e a Iniesta com duas grandes defesas, a remates de fora da área.
A Espanha via o tempo a passar e as oportunidades a escassear. Nem mesmo a entrada do talismã Pedro Rodriguez (para o lugar de Aduriz, que saiu lesionado).
Isto porque quando La Roja conseguia algum espaço, aparecia o ´gigante` Buffon na baliza contrária a evitar males maiores, como fez aos 90 minutos, numa defesa monstruosa, após toque de Piquè.
E já com a Espanha toda remetida ao ataque, a Itália deu a ´estocada final` aos 92 minutos, com Pellé a aproveitar um passe de Insigne para fazer o 2-0 já dentro da área, após lance de contra-ataque.
Nos quartos-de-final a Itália irá medir forças com a Alemanha, jogo marcado para o próximo sábado, em Bordéus.
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