O Órgão de Ética e Disciplina de Controlo da UEFA (CEDB) decidiu hoje punir a Hungria com três jogos à porta fechada, pelo “comportamento discriminatório” dos seus adeptos nos jogos com Portugal, França e Alemanha no Euro2020 de futebol.
“O CEDB decidiu ordenar à Federação Húngara de Futebol que jogue os seus próximos três jogos das competições da UEFA como federação anfitriã à porta fechada, sendo o terceiro deles suspenso por um período de probatório de dois anos a contar da data da decisão, pelo comportamento discriminatório de seus apoiantes”, pode ler-se na nota publicada pela UEFA, na qual revela também ter punido a Federação magiar com a multa de 100 mil euros.
O organismo máximo que superintende o futebol europeu limita-se a acusar os adeptos húngaros de "comportamento discriminatório", sem, porém, especificar qual, nos três jogos do Grupo F, frente a Portugal (0-3) e à França (1-1), em Budapeste, e frente à Alemanha (2-2), em Munique, disputados em 15, 19 e 23 de junho, respetivamente.
Além do castigo acima citado, a UEFA ordenou ainda à Federação húngara que exiba nas partidas acima mencionadas em que jogará como federação anfitriã, um ‘banner’ (mensagem publicitária na internet) com a inscrição “#EqualGame”, com o logotipo da UEFA nela inserida.
Esta decisão da CEDB aplica-se somente aos jogos das seleções nacionais nas competições organizadas pela UEFA e não às eliminatórias da zona europeia de qualificação para o Mundial2022, no Qatar, competição sob jurisdição da FIFA.
No jogo Hungria-Portugal, em Budapeste, o capitão da seleção portuguesa, Cristiano Ronaldo, foi alvo de insultos homofóbicos durante a partida que terminou com a vitória lusa por 3-0.
Os insultos vieram do setor de ultras da seleção da Hungria, identificados com ‘t-shirts’ negras, que ficaram situados na curva sul do Puskás Aréna, por trás de uma das balizas.
Na sequência deste episódio, a UEFA divulgou um comunicado oficial, no qual informava que iria conduzir uma “investigação disciplinar relativamente a potenciais comportamentos discriminatórios que terão ocorrido na Puskas Arena.
No mesmo comunicado, aquela entidade fazia ainda saber que iriam, também, ser averiguados alguns acontecimentos semelhantes, que visaram os jogadores franceses Kylian Mbappé e Karim Benzema, durante a partida Hungria-França, prometendo dar mais informações à medida que a investigação fosse progredindo.
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