Itália e Inglaterra fecharam hoje com “chave de ouro” os quartos de final do Euro2012 com um grande espetáculo de futebol, ao qual só faltaram os golos. A decisão foi adiada para as grandes penalidades, onde a Itália acabaria por vencer por 4-2.
No jogo que assinalou a despedida de Pedro Proença deste Europeu, o ritmo não podia ter sido mais frenético assim que o árbitro português deu o apito inicial. Aos 3’, De Rossi atirou ao poste, num remate a cerca de 30 metros da baliza de Joe Hart. Dois minutos volvidos, a resposta inglesa surgiu com um remate de Glen Johnson na área italiana, obrigando Buffon a uma enorme defesa.
Estava dado o mote para o resto do desafio. Intenso, emotivo e muito bem disputado. Numa toada de parada e resposta, a Inglaterra cresceu ligeiramente após aquela oportunidade e começou a pressionar a Squadra Azzurra.
Porém, a supremacia inglesa rapidamente desapareceu, a partir do momento em que Cassano e Balotelli começaram a “carburar”. O duo do ataque transalpino passou a ameaçar de forma regular a baliza de Hart e só uma invulgar ineficácia dos ‘Azzurri’ adiou o golo. O sempre polémico Balotelli mostrou-se perdulário, falhando ocasiões claras aos 25’, 31’ e 40.
O nulo resistiu até ao intervalo, com o guardião Joe Hart a assumir um papel cada vez mais relevante na partida inglesa. O guarda-redes inglês deu nova prova de categoria aos 52’, ao negar o golo a Pirlo e… Balotelli.
A Itália perdia a sua tradição calculista e mais defensiva, intensificando a pressão sobre a Inglaterra. Era a vez da seleção de Roy Hodgson jogar “à italiana”, na expectativa de um contra-ataque. O selecionador inglês lançou então Walcott e Carroll na esperança de conseguir uma surpresa e por momentos conseguiu equilibrar a contenda.
Todavia, a formação de Cesare Prandelli soube adaptar-se às alterações inglesas, conseguindo “amarrar” Rooney na sua teia defensiva. A partir dos 70 minutos, o ritmo frenético desceu substancialmente. Porém, a Itália não deixou de “acelerar” rumo à baliza de Hart e aos 89’ Nocerino viu Johnson evitar com um excelente corte o que poderia ter sido o golo decisivo.
Tudo adiado para o prolongamento e uma postura igual das duas equipas. A Itália a tentar resolver o jogo antes dos penáltis, a Inglaterra a esperar pela sorte que nunca as grandes penalidades lhe deram ao longo das maiores competições internacionais.
Diamanti voltou a fazer os adeptos italianos suspirar aos 100’, com um remate cruzado ao poste, e Nocerino chegou mesmo a colocar a bola na baliza de Hart, aos 115’, mas o lance foi bem invalidade por Pedro Proença, devido a fora de jogo.
Nas grandes penalidades, cumpriu-se a tradição. A Inglaterra volta a cair, tal como em 2004 e 2006, devido aos falhanços de Young e Cole, enquanto do lado italiano apenas Montolivo desperdiçou, tendo o erro sido compensado por uma grande defesa de Buffon e pela pontaria de Diamanti no derradeiro penálti. Realce ainda para o sublime penálti à Panenka, num momento em que era a Inglaterra quem estava em vantagem.
A Itália segue assim de forma merecida para as meias-finais, onde vai medir forças com a poderosa Alemanha, com menos dois dias de descanso, na próxima quinta-feira (19h45), em Varsóvia.
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