O ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) Gilberto Madail admitiu esta terça-feira que a proximidade do jogo da seleção portuguesa na Polónia e do "clássico" seja «inédita», antevendo que, em ambos os casos, ocorram «bons jogos».
«Sempre que havia jogos da seleção nacional havia este tipo de problemas, ou porque havia um jogo posterior da ‘Champions’ ou um dérbi mais tarde. Agora, passadas praticamente 24 horas, penso que é a primeira vez, mas acontece por conveniência dos clubes, que podiam jogar no sábado, mas a conveniência de um clube particularmente impediu que o jogo fosse antecipado. Mas, não há-de ser nada, há-de haver um bom jogo aqui e um bom jogo no ‘clássico’», afirmou Gilberto Madail, em Varsóvia.
O antigo líder federativo reiterou que a «controvérsia» ocorre porque está em causa um "clássico", entre FC Porto e Benfica, da 21.ª jornada da Liga portuguesa.
«Os calendários são feitos em maio ou abril e já estava previsto este jogo da seleção. Se, depois, o sorteio não tem dado o Benfica-FC Porto e não tem havido alteração da data, isto passava sem qualquer tipo de controvérsia. O importante é que amanhã (quarta-feira) não haja jogadores lesionados e que estejam em condições para representarem bem os seus clubes», salientou.
Gilberto Madail avaliou positivamente o desempenho da nova direção federativa, liderada por Fernando Gomes, por «terem uma ideia concreta» do que deve ser «mantido e melhorado e o que tem de ser alterado», exemplificando com o caso dos quadros competitivos.
O ex-presidente da FPF elogiou ainda a «chamada» dos ex-internacionais João Vieira Pinto e Humberto Coelho, que também foi selecionador da equipa das "quinas", para a estrutura da seleção principal.
«A estrutura funcionou bem durante estes anos todos, mas é muito melhor ter pessoas muito mais perto dos jogadores, que possam até antever problemas que surjam com os jogadores e os possam resolver. Mas, por vezes, esses problemas acontecem e não têm solução. Mesmo que tivéssemos um acompanhante por cada um dos jogadores essas situações não se resolveriam», concluiu.
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