A anfitriã França, que venceu as duas finais disputadas, pode igualar domingo os três títulos das recordistas Alemanha e Espanha, enquanto Portugal, derrotado no único jogo decisivo em que participou, tenta tornar-se o 10.º campeão europeu de futebol.
Vencedora em 1984, numa prova também disputa em solo gaulês, e em 2000, na Holanda e Bélgica, a formação tricolor está um jogo de igualar os três cetros da ‘Mannschaft’ (1972, 1980 e 1996) e da ‘La Roja’ (1964, 2008 e 2012).
Para conseguir, e manter-se como a única seleção 100 por cento vitoriosa em finais entre as que disputaram pelo menos duas, a França precisa de bater Portugal, a única formação que perdeu uma final em casa, em 2004, frente à Grécia.
Um golo de Angelos Charisteas, aos 57 minutos, foi suficiente para acabar com o ‘sonho’ da formação das ‘quinas’, que agora, 12 anos volvidos, conseguiu em solo gaulês o primeiro ‘passaporte’ para uma final em ‘reduto alheio’.
Pela frente, terá uma França que, em 1984, somou em casa o seu primeiro título, ao bater a Espanha por 2-0, com tentos de Michel Platini, o seu nono na prova, de livre direto, aos 57 minutos, e Bruno Bellone, aos 90.
Em 2000, e depois de como em 1984 ter batido Portugal nas meias-finais (2-1, depois de 3-2, sempre após prolongamento), a França, então campeã mundial em título, teve a final ‘perdida’, mas acabou por vencer com um ‘golo de ouro’.
Na ‘banheira’ de Roterdão, Marco Delvecchio, com um golo aos 55 minutos, colocou a Itália em vantagem, que Alessandro Del Piero podia ter ampliado, mas, aos 90+3, Sylvain Wiltord forçou o tempo extra, no qual decidiu David Trezeguet, aos 103.
A França manteve, assim, o pleno de triunfos em finais, que mais três seleções ostentam, mas só com um encontro disputado, contando-se entre elas a Grécia, depois de chegar ao Europeu de 2004 sem qualquer triunfo em fases finais.
Por seu lado, a Holanda venceu a final de 1988, em Munique, ao bater a União Soviética por 2-0, com tentos dos avançados Ruud Gullit e Marco Van Basten, e a Dinamarca a de 1992, em Gotemburgo, ao superar a Alemanha por 2-0, com golos dos médios John Jensen e Kim Vilfort.
Apesar do desaire de 1984, com a França, a Espanha apresenta um balanço muito positivo em finais, pois venceu as restantes três: 2-1 à União Soviética em casa, em 1964, 1-0 à Alemanha, em 2008, e 4-0 à Itália, em 2012.
Por seu lado, os germânicos somam três triunfos (3-0 à União Soviética, em 1972, com um ‘bis’ de Gerd Müller, 2-1 à Bélgica, em 1980, com um ‘bis’ de Horst Hrubesch, e 2-1 à República Checa, com novo ‘bis’, de Oliver Bierhoff, incluindo um ‘golo de ouro’, aos 95 minutos) e três desaires.
Os checos perderam esse embate com os alemães, mas, em 1976, a então Checoslováquia havia batido a então RFA por 5-3, nas grandes penalidades, depois de um empate a dois golos. Brilhou Antonin Panenka, com o seu penálti ‘à Panenka’.
A União Soviética perdeu três finais, depois de ter conquistado a primeira, por 2-1, face à Jugoslávia, num embate decidido aos 113 minutos por Viktor Ponedelnik, e a Itália soma duas derrotas, mas igualmente após um triunfo, em 1968, em casa, perante a Jugoslávia, e apenas num segundo jogo (2-0).
Além de Portugal, a Jugoslávia (1960 e 1968) e a Bélgica (1980) são as únicas seleções que chegaram à final e não somam qualquer título, sendo que a formação das ‘quinas’ tem a oportunidade de mudar o seu ‘destino’ no domingo.
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