A revista francesa Le Point escreveu esta sexta-feira que "Portugal não tem nada que estar nas meias-finais" do Euro'2016, considerando que "a qualificação de Cristiano Ronaldo e companheiros é fruto da injustiça e do milagre". O artigo está a provocar uma vaga de indignação nas redes sociais junto dos portugueses residentes em França, dias depois de o jornal '20 Minutes' ter titulado que a seleção das quinas era "nojenta".
"Euro 2016: Este Portugal não tem nada que estar nas meias-finais", é o título do artigo, que se propõe "demonstrar" por que razão a qualificação "é fruto da injustiça e do milagre". "Os deuses do futebol são brincalhões! Gozaram bem connosco ao oferecer ao pai Cristiano e aos seus apóstolos um bilhete para as meias-finais da competição, porque nunca neste Euro a seleção dominou os seus adversários nos cinco encontros que disputou. Adversários modestos, à exceção da Croácia nos oitavos de final. Aliás, Portugal nunca se adiantou no marcador ou ganhou algum jogo nos 90 minutos do tempo regulamentar", lê-se no artigo.
O texto, publicado na página internet da revista Le Point, é ilustrado com uma fotografia, cuja legenda indica: "Os portugueses qualificam-se para as meias de cabeça baixa."
O texto insiste que "quando a lucidez substituir a embriaguez da qualificação, os apoiantes da seleção vão questionar-se sobre qual milagre permitiu que a sua equipa se encontrasse no último quarteto do torneio", argumentando que ela "não conseguiu uma única vitória na fase de grupos contra um trio de adversários muito abordáveis".
A revista considera a seleção lusa como "nula, antes e depois", defendendo que os jogadores "atacaram os oitavos de final contra a Croácia com a mesma frivolidade e a mesma mesquinhês, oferecendo um espetáculo mortalmente aborrecido" e eliminando "a equipa mais sedutora e telegénica deste Euro" com "um golo de Ricardo Quaresma de uma crueldade sem nome".
Quanto aos quartos de final, o texto aponta "um milagre que deve (finalmente) incitar à modéstia", descrevendo que "o mesmo Quaresma que crucificou a Croácia no jogo precedente transformou o penálti no golo da qualificação
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