A espanhola Aitana Bonmatí foi eleita pela UEFA como Jogadora do Ano. Bonmati, que joga no Barcelona, bateu a concorrência da sua colega de seleção, a lateral esquerda Olga Carmona, e da australiana Sam Kerr para vencer o troféu.

No Mundial de futebol feminino, que a Espanha venceu pela primeira vez, Bonmati foi eleita Melhor Jogadora da prova.

A jogadora mostrou-se lisonjeada pelo troféu, que dedicou também às colegas de equipa no Barcelona e na seleção espanhola.

"Em primeiro lugar felicitar todas as nomeadas e dizer que é um orgulho estar aqui. Depois dos êxitos que tivemos esta temporada. Nunca esquecerei e gostaria de partilhar o prémio com as minhas colegas, não estaria aqui sem elas. Fazem de mim ser melhor todos os dias, tal como o clube. Sou uma privilegiada", comentou.

A jogadora lamentou que o inédito título da Espanha no Mundial feminino tenha sido ofuscada pelo polémico beijo de Rubiales, presidente da Federação Espanhola, à capitã Jenni Hermoso, na cerimónia de atribuição de medalhas.

"Sou uma pessoa e jogadora ambiciosa, quero sempre mais. É algo que me define bem e fez-me chegar aqui. Tenho sorte de jogar num clube espectacular, com as melhores do mundo. Por último agradeço as palavras da Sarina, porque não estão a ser momentos muito bons no futebol espanhol. Passaram-se coisas que não posso deixar passar. Não podemos permitir que se abuse de poder numa relação laboral, nem faltas de respeito. Estamos convosco, espero que trabalhemos para que a sociedade melhores", disse Bonmati.

No masculino e sem surpresas, o prémio foi para o norueguês Erling Haaland, atacante do Manchester City.

Na cerimónia realizada no Fórum Grimaldi, no Mónaco, o avançado bateu o belga Kevin De Bruyne, seu companheiro de equipa, e o argentino Lionel Messi, e, aos 22 anos, venceu pela primeira vez este prémio da UEFA, numa temporada em que somou 52 golos em todas as competições, incluindo um novo recorde na Premier League (36). Foi ainda o melhor marcador da edição anteriores da Liga dos Campeões, com 12 golos.

"Sinto-me bem, ganhei a tripleta. Estou a viver o sonho. Ser capaz de fazer isto, com os meus colegas, é algo especial. Estou feliz. Dá-me muita motivação para continuar a trabalhar, para alcançar mais troféus. É motivação gratuita...", disse, ao receber o prémio.

O avançado promete continuar a lutar para vencer mais prémios.

"Vou fazer o meu melhor. Mas como disse, é motivação, manter a cabeça limpa. O foco estará em nós, temos de estar preparados. Para mim dá motivação, vou dar tudo para ter uma grande época", atirou.

Questionado sobre de quem tem mais medo, Pep Guardiola ou do pai, Haaland respondeu assim.

"Às vezes o Pep assusta, mas o meu pai também. Mas isto é algo que gosto. Gosto quando o Pep grita comigo, tenta tirar algo do meu cérebro que acha que eu não tenho... Mas com o meu pai, discutimos muito, mas também temos bons momentos", garantiu.