Para reivindicar o pagamento de três prémios e o salário do mês de maio, os jogadores do Atlético do Namibe decidiram paralisar os trabalhos, a dois dias do jogo no reduto do Recreativo da Caála, para a 14ª jornada do Girabola 2013.
Os grevistas do único clube da província do Namibe na primeira divisão, que ocupa a 12ª posição da prova com 14 pontos após 13 jornadas, exigem o pagamento de prémios de duas vitórias e um empate e o ordenado do mês que hoje termina.
A confirmação da greve foi feita à Angop pelo presidente de direção, Pedro Paxe, por via telefónica, por estar precisamente em viagem terrestre ao Huambo para criar as condições de alojamento do grupo.
O presidente do Atlético do Namibe mostrou-se surpreendido com o anúncio de greve, a qual considerou «ilícita» e de «atitude repentina», por ter sido decidida em 24 horas e quando já estava a meio da viagem.
Pedro Paxe disse que não vê soluções para nos próximos dias superar estas reivindicações, mas adiantou que o secretário-geral, Rui David, está com a equipa técnica a fim de tentar demovê-los da decisão.
O Atlético perdeu os dois últimos jogos, sendo por 2-0 em casa com o Kabuscorp e 4-3 no reduto do Interclube.
Antes, tinha obtido dois triunfos seguidos e um empate que são a base da greve em curso. Goleou o 1º de Maio de Benguela por 4-1 em casa e venceu no campo do ASA por 1-0 antes de empatar sem golos com o Progresso.
Esta é a primeira vez nesta época que se regista uma greve no conjunto namibense, cujo patrocinador é uma parceira da petrolífera nacional Sonangol.
O Girabola 2013 é liderado pelo Kabuscorp do Palanca com 33 pontos. ASA e Santos FC, ambos com dez pontos, são os últimos classificados.
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