O Petro de Luanda procura regressar às vitórias frente ao arquirrival 1.º de Agosto, quando se defrontarem domingo, no Estádio 11 de Novembro. Este será o 79.º confronto entre ambos para o Girabola, competição na qual ganhou pela última vez este adversário em 2016.
Apesar de os “petrolíferos” terem vantagem nos desafios entre si, 31 contra 25, certo é que não conseguem vencer os “agostinos” há três edições (2017, 2018 e 2018/19).
Em 2016, os tricolores suplantaram pela última vez o seu adversário, por 1-0, no jogo da última jornada, num momento em que a formação do “Rio Seco” já festejava a conquista do título, que voltou às suas hostes dez anos depois.
De lá prá cá, os “pupilos” orientados tecnicamente por Dragan Jovic não mais largaram a hegemonia, quer a nível das consagrações (quatro títulos seguidos) quer nos confrontos directos.
Em 2017 empataram a zero na primeira volta e na segunda vitória de 1-0. Em 2018 os “militares” voltaram a vencer por 2-0 na segunda volta, depois do nulo no primeiro encontro. Na última temporada, 1-0 na primeira volta e 0-0 na segunda.
A contar para a 11.ª jornada, a partida deste domingo, a iniciar às 16 horas, vai opor os dois maiores emblemas do futebol no país: O Petro de Luanda já leva quinze troféus e o 1º de Agosto tem treze, sendo os dois mais titulados da história da modalidade em Angola.
Numa rivalidade que dura desde 1981, altura que se defrontaram pela primeira vez aquando da ascensão dos petrolíferos à primeira divisão, com triunfo dos militares, de 2-0, o então “derby” da capital (mais um dos muitos que existiam na altura) veio a transformar-se no maior clássico do país.
O seu histórico é marcado, entre outros, por duas goleadas petrolíferas, de 6-2 e 6-0, respectivamente em 1982 e 1988, derrotas que até hoje os agostinos não digerem bem, por nunca lograrem uma vitória volumosa diante do seu oponente nesta competição.
Embora diferente dos anos anteriores, em que os protagonistas da bola impressionavam os aficcionados, com destaque para Ndunguidi, do lado do 1.º de Agosto, e Jesus no Petro de Luanda, hoje, já com novos actores, o encontro deste fim-de-semana gera grandes expectativas, em virtude dos contendores estarem a atravessar bom momento de forma internamente e nas Afrotaças.
Os dois atingiram a fase de grupos da Liga dos Clubes Campeões Africanos e seguem-se no campeonato nacional, com os rubro-negro na liderança, com 27 pontos, mais quatro em relação ao Petro, segundo classificado.
Ary Papel, Nelson da Luz, Ibukun, Bua (1º de Agosto), Yano, Toni, Jacques Tuyisenge, Job (Petro de Luanda) e companheiros terão a missão de proporcionar um espectáculo à medida dos anseios dos adeptos.
Os números produzidos até aqui “apimentam” ainda mais o clássico. Os actuais campeões nacionais têm nove vitórias, sendo oito consecutivas, e uma derrota. Na última jornada ganharam o 1.º de Maio, por 3-1. Têm o melhor ataque e defesa, com 21 golos marcados e quatro sofridos.
Já o Petro vem de três triunfos, com o resultado sempre na cifra dos três. Derrotou o Cuando Cubango FC (3-1), Interclube (3-0) e FC Bravos do Maquis (3-0). Tem sete vitórias, dois empates e uma derrota. Marcou dezanove tentos e sofreu seis.
Caso a formação afecta às Forças Armadas Angolanas leva de vencida o desafio, significaria um encurtar do caminho rumo ao pentacampeonato, já que aumentaria a vantagem para sete pontos, situação que a turma do Catetão pretende evitar.
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