A duas jornadas do fim do Girabola, a formação do Progresso da Lunda Sul luta pela permanência na primeira divisão do campeonato nacional angolano, estando assim à aquém das marcas atingidas nas épocas passadas (2015 e 2016), em que foi o sexto e quarto classificado da prova, tendo sido mesmo considerada equipa sensação.
Com estas duas classificações nas referidas épocas, os lundas eram tidos, até o início do Girabola/2017, como uma frente forte do Leste, onde estão integrados igualmente o FC Maquis do Moxico e o Sagrada Esperança da Lunda Norte.
Em 2016, quando faltavam duas jornadas para o fim da competição, a equipa ocupava a quinta posição, com 43 pontos, ao contrário do actual 13º posto, com 26.
Fruto dos resultados alcançados em 2015 e 2016, na presente época tudo indicava que a equipa lutaria para atingir as portas do pódio do Girabola, sonho este que foi interrompido por causa das inúmeras dificuldades que o clube vive, com realce dado à situação financeira, sobretudo com a retirada do patrocínio oficial das Organizações Santos Bikuku.
Recorde-se que no início da presente época, o principal patrocinador do clube anunciou a retirada de patrocínio, o que abalou em grande medida os jogadores e a equipa técnica, na altura comandada por Kito Ribeiro e que o levou a rumar ao Progresso do Sambizanga.
Com este anúncio, o Progresso perdeu 12 jogadores influentes, com destaque para Mongo (melhor marcador da equipa na época 2016), Diego Rosado, René, Mendinho, Tshibuabua e Chico Bel.
Daí em diante, a equipa conheceu momentos difíceis, no que se refere a problemas financeiros, motivando várias greves por parte dos jogadores, chegando mesmo a perder pontos em casa por falta de comparência.
Esta situação motivou o governo local, na altura liderado pela governadora Cândida Narciso, procurar junto dos empresários e da Endiama EP apoios financeiros para minimizar o problema.
Antes do jogo com o 1º de Agosto, para a 28ª jornada, em que perdeu por 2-1, os jogadores decretaram mais uma greve mas o governador da Lunda Sul, Ernesto Kiteculo, reuniu com os mesmos, prometendo tudo fazer para resolver a situação, contando com o envolvimento de todas as forças vivas da província.
Vencer os jogos contra a Académica do Lobito e o Desportivo da Huila torna-se assim uma obrigação do Progresso da Lunda Sul, se quiser permanecer na maior prova de futebol do país.
O desafio com a Académica do Lobito será em casa (Estádio Municipal das Mangueiras), sem a presença do público, em função do castigo aplicado pela Federação Angolana de Futebol, com três jogos a porta fechada, fruto do comportamento negativo demonstrado pelos adeptos, na partida diante do Kabuscorp do Palanca na 25ª jornada.
Este facto torna mais difícil a situação da equipa que neste momento, mais do que nunca, precisa do apoio incondicional dos seus adeptos. Já o jogo fora de casa frente o Desportivo da Huila será outra tarefa complicada para os Lundas.
O Progresso da Lunda Sul foi fundado a 13 de Junho de 2002 e é liderado por António Jamba. Com amarelo e preto como cores principais e o branco como alternativa, o clube já teve a designação de Progresso do Sambukila.
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